Alocação de tempo em trabalho pelas mulheres brasileiras

Resumo Este artigo investiga a alocação de horas de trabalho pelas mulheres brasileiras usando dados da PNAD de 2011. Para tanto, são utilizadas duas estratégias empíricas: modelos heckit e double hurdle, que permitem a estimação conjunta da participação da mulher na força de trabalho e quantidade de horas de trabalho. Os principais resultados indicam que o ciclo de vida, como casamento, maternidade e construção da família reduzem a oferta de trabalho das mulheres. Entretanto, a educação, condição de chefe de família e acesso a creches colaboram para aumentar a inserção feminina no mercado de trabalho. Já a renda do esposo apresenta efeito negativo sobre a decisão de trabalho da mulher. Portanto, para estimular a entrada das mulheres no mercado de trabalho, as políticas públicas devem ser formuladas visando aumentar o investimento em educação da mulher e ampliar a oferta de creches como forma de dar suporte ao cuidado das crianças na primeira infância.

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Bibliographic Details
Main Authors: Queiroz,Vívian dos Santos, Aragón,Jorge Alberto Orellana
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Departamento de Economia 2015
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-41612015000400787
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Summary:Resumo Este artigo investiga a alocação de horas de trabalho pelas mulheres brasileiras usando dados da PNAD de 2011. Para tanto, são utilizadas duas estratégias empíricas: modelos heckit e double hurdle, que permitem a estimação conjunta da participação da mulher na força de trabalho e quantidade de horas de trabalho. Os principais resultados indicam que o ciclo de vida, como casamento, maternidade e construção da família reduzem a oferta de trabalho das mulheres. Entretanto, a educação, condição de chefe de família e acesso a creches colaboram para aumentar a inserção feminina no mercado de trabalho. Já a renda do esposo apresenta efeito negativo sobre a decisão de trabalho da mulher. Portanto, para estimular a entrada das mulheres no mercado de trabalho, as políticas públicas devem ser formuladas visando aumentar o investimento em educação da mulher e ampliar a oferta de creches como forma de dar suporte ao cuidado das crianças na primeira infância.