A fé do povo latino-americano: entre o cristianismo da libertação e as lutas populares

Resumo: A religiosidade popular na América Latina, relacionada com a emancipação do “povo de Deus”, contribuiu fundamentalmente com as lutas e movimentos sociais no subcontinente, por meio do Cristianismo e da Teologia Libertação, nas décadas de 1950 e 1960. Contudo, nos últimos trinta anos, a fé do “povo latino-americano” vem sendo mobilizada como forma de consolidar a hegemonia de uma fração burguesa que avança no cenário político mundial conservador, como podemos observar no caso brasileiro. O reconhecimento pelas Ciências Sociais das relações de poder que estruturam os discursos e espaços de saber religiosos, em nossa hipótese, pode abrir horizontes de compreensão e de rebeldia que propiciem subversões e a construção de discursos e práticas teológico-políticas descolonizadoras e emancipadoras, protagonizadas pelos grupos subalternos.

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Bibliographic Details
Main Authors: Sales Jr,Ronaldo Laurentino de, Aguiar,Jórissa Danilla
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Estudos da Religião 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-85872020000200099
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Summary:Resumo: A religiosidade popular na América Latina, relacionada com a emancipação do “povo de Deus”, contribuiu fundamentalmente com as lutas e movimentos sociais no subcontinente, por meio do Cristianismo e da Teologia Libertação, nas décadas de 1950 e 1960. Contudo, nos últimos trinta anos, a fé do “povo latino-americano” vem sendo mobilizada como forma de consolidar a hegemonia de uma fração burguesa que avança no cenário político mundial conservador, como podemos observar no caso brasileiro. O reconhecimento pelas Ciências Sociais das relações de poder que estruturam os discursos e espaços de saber religiosos, em nossa hipótese, pode abrir horizontes de compreensão e de rebeldia que propiciem subversões e a construção de discursos e práticas teológico-políticas descolonizadoras e emancipadoras, protagonizadas pelos grupos subalternos.