Disfunção sexual após tratamento para o câncer do colo do útero
RESUMO Objetivo Descrever as características sociodemográficas, clínicas e relacionadas à vida sexual e identificar a disfunção sexual em mulheres após o tratamento do câncer do colo do útero. Método Estudo transversal que incluiu mulheres com idade ≥18 anos e conclusão do tratamento de três meses. Foram utilizados dois instrumentos: formulário com informações sociodemográficas, clínicas e relacionadas à vida sexual; e o Índice da Função Sexual Feminina para avaliar a função sexual das participantes sexualmente ativas, sendo valores do escore ≤26 classificados como disfunção sexual. A estatística descritiva foi utilizada para verificar associações através do teste de Mann-Whitney e qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. Resultados Do total de 46 mulheres, 15 (32,61%) mantiveram relações sexuais após o tratamento e oito tiveram indicativo de disfunção sexual (escore de 21,66; desvio padrão=7,06). Os tipos de tratamento (p=0,03) e de radioterapia (p=0,01), e o estadiamento da doença (p=0,02) interferiram na função sexual. Os domínios do Índice da Função Sexual Feminina mais afetados foram lubrificação (p=0,03) e dor (p=0,04). Conclusão A disfunção sexual esteve presente nas mulheres estudadas com impacto negativo na qualidade de vida.
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem
2020
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342020000100482 |
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Summary: | RESUMO Objetivo Descrever as características sociodemográficas, clínicas e relacionadas à vida sexual e identificar a disfunção sexual em mulheres após o tratamento do câncer do colo do útero. Método Estudo transversal que incluiu mulheres com idade ≥18 anos e conclusão do tratamento de três meses. Foram utilizados dois instrumentos: formulário com informações sociodemográficas, clínicas e relacionadas à vida sexual; e o Índice da Função Sexual Feminina para avaliar a função sexual das participantes sexualmente ativas, sendo valores do escore ≤26 classificados como disfunção sexual. A estatística descritiva foi utilizada para verificar associações através do teste de Mann-Whitney e qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. Resultados Do total de 46 mulheres, 15 (32,61%) mantiveram relações sexuais após o tratamento e oito tiveram indicativo de disfunção sexual (escore de 21,66; desvio padrão=7,06). Os tipos de tratamento (p=0,03) e de radioterapia (p=0,01), e o estadiamento da doença (p=0,02) interferiram na função sexual. Os domínios do Índice da Função Sexual Feminina mais afetados foram lubrificação (p=0,03) e dor (p=0,04). Conclusão A disfunção sexual esteve presente nas mulheres estudadas com impacto negativo na qualidade de vida. |
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