Investigação sobre a passagem transplacentária de microfilárias de Wuchereria bancrofti em recém-nascidos de mães microfilarêmicas

A ocorrência de microfilárias circulantes de Wuchereria bancrofti foi pesquisada em 304 gestantes da Unidade Mista Prof. Barros Lima e do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. A microfilaremia materna foi investigada pela filtração de sangue venoso, sendo encontrados 13 casos positivos (4,2%). A pesquisa de microfilárias no sangue do cordão umbilical de suas crianças foi negativa (6/13), assim como no sangue periférico destas até 72 horas pós-parto e com 6 meses de vida. As amostras de leite coletadas destas mães também não apresentaram microfilárias. Os autores sugerem que a ocorrência de lesões placentárias seja um possível fator envolvido na passagem transplacentária de microfilárias, e que a exposição in utero a microfilárias e/ou antígeno filarial possam influenciar a resposta a uma infecção filarial adquirida posteriormente, sendo importante o acompanhamento clínico e laboratorial de crianças expostas previamente a antígenos filariais em períodos precoces do desenvolvimento humano.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Pires,Maria Luiza, Santos Ferreira,Rita, Araújo,Sérgio, Albuquerque,Roberta, Remigio Neto,José, Simões da Silva,Adeildo, Dreyer,Gerusa
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Medicina Tropical de São Paulo 1991
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651991000200002
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:A ocorrência de microfilárias circulantes de Wuchereria bancrofti foi pesquisada em 304 gestantes da Unidade Mista Prof. Barros Lima e do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. A microfilaremia materna foi investigada pela filtração de sangue venoso, sendo encontrados 13 casos positivos (4,2%). A pesquisa de microfilárias no sangue do cordão umbilical de suas crianças foi negativa (6/13), assim como no sangue periférico destas até 72 horas pós-parto e com 6 meses de vida. As amostras de leite coletadas destas mães também não apresentaram microfilárias. Os autores sugerem que a ocorrência de lesões placentárias seja um possível fator envolvido na passagem transplacentária de microfilárias, e que a exposição in utero a microfilárias e/ou antígeno filarial possam influenciar a resposta a uma infecção filarial adquirida posteriormente, sendo importante o acompanhamento clínico e laboratorial de crianças expostas previamente a antígenos filariais em períodos precoces do desenvolvimento humano.