COMPROMISSOS MÚTUOS NAS TRANSAÇÕES DE HORTÍCOLAS NA SERRA FLUMINENSE

RESUMO O objetivo deste artigo é identificar os fatores que explicam o estabelecimento de compromissos mútuos entre os agricultores familiares e compradores de produtos hortícolas na Região Serrana do Rio de Janeiro. Para tanto, analisa 567 transações referentes a uma amostra de agricultores familiares baseados em sete municípios. A Economia dos Custos de Transação (ECT) é usada como marco teórico. O estudo empírico parte da construção de uma variável que divide as transações em dois grupos. No primeiro grupo, intitulado "com compromisso", o comprador fornece insumos ou assistência técnica ao produtor. Já no segundo grupo, intitulado "sem compromisso", inexiste tal comprometimento de conhecimento e recursos. Estatísticas descritivas e um modelo logístico (logit) binário mostram que transações "com compromisso" se caracterizam por um maior nível de especificidade do ativo e um amplo conjunto de rotinas de coordenação. Por sua vez, a construção de confiança emerge como um mecanismo de coordenação fundamental mesmo naquelas transações "sem compromisso".

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Main Authors: MOZAMBANI,CARLOS IVAN, SOUZA FILHO,HILDO MEIRELLES DE, MIRANDA,BRUNO VARELLA
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902019000300195
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Summary:RESUMO O objetivo deste artigo é identificar os fatores que explicam o estabelecimento de compromissos mútuos entre os agricultores familiares e compradores de produtos hortícolas na Região Serrana do Rio de Janeiro. Para tanto, analisa 567 transações referentes a uma amostra de agricultores familiares baseados em sete municípios. A Economia dos Custos de Transação (ECT) é usada como marco teórico. O estudo empírico parte da construção de uma variável que divide as transações em dois grupos. No primeiro grupo, intitulado "com compromisso", o comprador fornece insumos ou assistência técnica ao produtor. Já no segundo grupo, intitulado "sem compromisso", inexiste tal comprometimento de conhecimento e recursos. Estatísticas descritivas e um modelo logístico (logit) binário mostram que transações "com compromisso" se caracterizam por um maior nível de especificidade do ativo e um amplo conjunto de rotinas de coordenação. Por sua vez, a construção de confiança emerge como um mecanismo de coordenação fundamental mesmo naquelas transações "sem compromisso".