A Ditadura Varguista no Brasil (1937-1945) e o Primer Franquismo na Espanha (1939-1945): poder e contra-poder das enfermeiras

Estudo histórico-social cujos objetivos foram os de descrever as principais características das ditaduras de Vargas e Franco e analisar as implicações destas para a institucionalização da enfermagem no Brasil e na Espanha. As fontes utilizadas foram documentos escritos localizados em arquivos brasileiros e espanhóis e a literatura relativa ao tema. A análise dos dados, apoiada por conceitos da Teoria do Mundo Social de Pierre Bourdieu, evidenciou que, no Brasil e na Espanha, no que se referia à divisão social do trabalho, o ponto de encontro entre Igreja e Estado consistia na reclusão da mulher no espaço privado. Conclui-se que as qualidades femininas foram capitalizadas pelas enfermeiras para legitimarem sua atuação no espaço público, ainda que para reproduzir neste espaço, consentido pelo Estado e pela Igreja, ocupações adequadas à feminilidade.

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Bibliographic Details
Main Authors: Santos,Tânia Cristina Franco, Gomes,Maria da Luz Barbosa, Oliveira,Alexandre Barbosa de, Almeida Filho,Antonio José de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Enfermagem 2012
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000200022
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Summary:Estudo histórico-social cujos objetivos foram os de descrever as principais características das ditaduras de Vargas e Franco e analisar as implicações destas para a institucionalização da enfermagem no Brasil e na Espanha. As fontes utilizadas foram documentos escritos localizados em arquivos brasileiros e espanhóis e a literatura relativa ao tema. A análise dos dados, apoiada por conceitos da Teoria do Mundo Social de Pierre Bourdieu, evidenciou que, no Brasil e na Espanha, no que se referia à divisão social do trabalho, o ponto de encontro entre Igreja e Estado consistia na reclusão da mulher no espaço privado. Conclui-se que as qualidades femininas foram capitalizadas pelas enfermeiras para legitimarem sua atuação no espaço público, ainda que para reproduzir neste espaço, consentido pelo Estado e pela Igreja, ocupações adequadas à feminilidade.