Craniotomia descompressiva para tratamento precoce da hipertensão intracraniana traumática

O papel da craniotomia descompressiva (CD) no tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) refratária ainda não está estabelecido na literatura. Atualmente é recomendada como opção, pois há deficiência de trabalhos classe I ou II que suportem seu emprego. Trabalhos recentes têm avaliado a eficácia da CD quando aplicada precocemente no tratamento da HIC pós traumática. No presente trabalho analisam-se 21 pacientes nos quais a CD foi realizada precocemente. A maioria dos pacientes apresentava traumatismo cranioencefálico grave (Escala de coma glasgow <9) e tomografia de crânio evidenciando tumefação cerebral (brain swelling) ou hematoma subdural agudo. A principal complicação inerente à técnica foi a hidrocefalia (28,5%). Boa reabilitação social ocorreu em 11 pacientes (52,5%). Parece que a CD, quando realizada precocemente, é eficaz no tratamento da HIC refratária, ressaltando-se ainda a necessidade de estudos classe I e II que suportem esta opinião.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Faleiro,Rodrigo Moreira, Pimenta,Newton José Godoy, Faleiro,Luiz Carlos Mendes, Cordeiro,Anderson Finotti, Maciel,Cícero J., Gusmão,Sebastião N.S.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO 2005
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2005000300026
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:O papel da craniotomia descompressiva (CD) no tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) refratária ainda não está estabelecido na literatura. Atualmente é recomendada como opção, pois há deficiência de trabalhos classe I ou II que suportem seu emprego. Trabalhos recentes têm avaliado a eficácia da CD quando aplicada precocemente no tratamento da HIC pós traumática. No presente trabalho analisam-se 21 pacientes nos quais a CD foi realizada precocemente. A maioria dos pacientes apresentava traumatismo cranioencefálico grave (Escala de coma glasgow <9) e tomografia de crânio evidenciando tumefação cerebral (brain swelling) ou hematoma subdural agudo. A principal complicação inerente à técnica foi a hidrocefalia (28,5%). Boa reabilitação social ocorreu em 11 pacientes (52,5%). Parece que a CD, quando realizada precocemente, é eficaz no tratamento da HIC refratária, ressaltando-se ainda a necessidade de estudos classe I e II que suportem esta opinião.