Metástase cerebral: tratamento paliativo com radiocirurgia
O artigo faz avaliação de 52 pacientes com metástase cerebral tratados com radiocirurgia estereotática na Universidade McGill, em Montreal. A radiocirurgia foi realizada com a técnica dinâmica em que, ao mesmo tempo, giram a mesa e a cabeça do acelerador linear de 10 MV. Todos os pacientes (56 tratamentos ao todo) foram tratados com um único isocentro e uma dose única mediana de 1800 cGy na periferia da metástase. Em 88% dos casos a radiocirurgia foi usada após falha de tratamento radioterápico fracionado em todo cérebro. Todos os 52 casos tiveram avaliação com CT pós radiocirurgia. O seguimento mediano foi de 6 meses (variou entre 1 e 37 meses) e a taxa de resposta, parcial ou completa, foi de 64%. Apenas 4 pacientes (7%) tiveram algum tipo de complicação tardia relacionada ao tratamento. Estes achados vão de encontro com dados da literatura. A radiocirurgia é tratamento pouco agressivo, bem tolerado e com alta taxa de resposta para lesões locais e pode ser útil para pacientes selecionados. O seu valor definitivo, como tratamento único ou combinado com radioterapia em todo cérebro, está sendo avaliado de forma prospectiva e randomizada.
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO
1995
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1995000400004 |
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Summary: | O artigo faz avaliação de 52 pacientes com metástase cerebral tratados com radiocirurgia estereotática na Universidade McGill, em Montreal. A radiocirurgia foi realizada com a técnica dinâmica em que, ao mesmo tempo, giram a mesa e a cabeça do acelerador linear de 10 MV. Todos os pacientes (56 tratamentos ao todo) foram tratados com um único isocentro e uma dose única mediana de 1800 cGy na periferia da metástase. Em 88% dos casos a radiocirurgia foi usada após falha de tratamento radioterápico fracionado em todo cérebro. Todos os 52 casos tiveram avaliação com CT pós radiocirurgia. O seguimento mediano foi de 6 meses (variou entre 1 e 37 meses) e a taxa de resposta, parcial ou completa, foi de 64%. Apenas 4 pacientes (7%) tiveram algum tipo de complicação tardia relacionada ao tratamento. Estes achados vão de encontro com dados da literatura. A radiocirurgia é tratamento pouco agressivo, bem tolerado e com alta taxa de resposta para lesões locais e pode ser útil para pacientes selecionados. O seu valor definitivo, como tratamento único ou combinado com radioterapia em todo cérebro, está sendo avaliado de forma prospectiva e randomizada. |
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