Estudo clínico-laboratorial do tracoma em população indígena da Amazônia Brasileira
RESUMO Objetivo: Determinar a prevalência e gravidade do tracoma, em habitantes do município de São Gabriel da Cachoeira, alto rio Negro (Amazônia). Métodos: Em junho de 1997 foram examinados 496 indivíduos, entre 5 e 82 anos de idade (média de 46 anos), sendo 395 indígenas (Aruak, Tukano e Maku) e 101 caboclos. Todos foram submetidos a exame oftalmológico completo e colheita de material conjuntival com coloração pelo anticorpo monoclonal fluorescente (IFD). Os de tracoma foram classificados segundo o esquema da OMS em TF, TI, TS, TT e CO. Resultados: O tracoma foi observado em 139 (28,02 % ) indivíduos, sem predileção por sexo ou idade. As freqüências das diferentesgradações da doença foram: 59 (42,44%) casos de TF, 3 (2,16%) de TI, 68 (48,92%) de TS, S (3,60%) de TT e 4 (2,88%) de CO. Dos 139 casos de tracoma, 91 (65,47%) apresentaram positividade à IFD, com sensibilidade do teste de 79,66% e 100% para as formas TF e TI. Conclusão: Apesar da aparência clínica branda na infância o tracoma progrediu deixando seqüelas (TT e CO).
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Conselho Brasileiro de Oftalmologia
1999
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491999000200132 |
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Summary: | RESUMO Objetivo: Determinar a prevalência e gravidade do tracoma, em habitantes do município de São Gabriel da Cachoeira, alto rio Negro (Amazônia). Métodos: Em junho de 1997 foram examinados 496 indivíduos, entre 5 e 82 anos de idade (média de 46 anos), sendo 395 indígenas (Aruak, Tukano e Maku) e 101 caboclos. Todos foram submetidos a exame oftalmológico completo e colheita de material conjuntival com coloração pelo anticorpo monoclonal fluorescente (IFD). Os de tracoma foram classificados segundo o esquema da OMS em TF, TI, TS, TT e CO. Resultados: O tracoma foi observado em 139 (28,02 % ) indivíduos, sem predileção por sexo ou idade. As freqüências das diferentesgradações da doença foram: 59 (42,44%) casos de TF, 3 (2,16%) de TI, 68 (48,92%) de TS, S (3,60%) de TT e 4 (2,88%) de CO. Dos 139 casos de tracoma, 91 (65,47%) apresentaram positividade à IFD, com sensibilidade do teste de 79,66% e 100% para as formas TF e TI. Conclusão: Apesar da aparência clínica branda na infância o tracoma progrediu deixando seqüelas (TT e CO). |
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