Estudo da toxicidade corneana de dois perfluorocarbonos líquidos

RESUMO Perfluoropoliéter (PFPE) e perfluoroctano (PFOC) foram injetados na câmara anterior direita de coelhos (quatro para cada perfluorcarbono líquido), servindo os olhos contralaterais como controle (injeção de solução salina balanceada). A toxicidade corneana foi avaliada ao final da primeira e segunda semana após a injeção, através da avaliação clínica, microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura do endotélio corneano. No grupo injetado com PFPE encontramos maior reação inflamatória de câmara anterior e neovascularização de córnea, diferença estatisticamente significativa (p<0.02) comparado ao grupo do PFOC e olhos controle. Quanto ao fenômeno de “ova de peixe”, o PFOC mostrou-se mais suscetível (p<0.03). Na microscopia óptica e de varredura observamos maior reação inflamatória e perda de células endoteliais nos dois grupos injetados com PFCLs e normal no grupo-controle. Os resultados sugerem que ambos PFCLs estudados apresentam toxicidade corneana após a primeira semana de permanência na câmara anterior.

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Bibliographic Details
Main Authors: Queiroz Jr.,Joaquim M. de, Moreira,Hamilton, Liggett,Peter E., McDonnell,Peter J., Özler,Serdar A.
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Brasileiro de Oftalmologia 1992
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27491992000600244
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Summary:RESUMO Perfluoropoliéter (PFPE) e perfluoroctano (PFOC) foram injetados na câmara anterior direita de coelhos (quatro para cada perfluorcarbono líquido), servindo os olhos contralaterais como controle (injeção de solução salina balanceada). A toxicidade corneana foi avaliada ao final da primeira e segunda semana após a injeção, através da avaliação clínica, microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura do endotélio corneano. No grupo injetado com PFPE encontramos maior reação inflamatória de câmara anterior e neovascularização de córnea, diferença estatisticamente significativa (p<0.02) comparado ao grupo do PFOC e olhos controle. Quanto ao fenômeno de “ova de peixe”, o PFOC mostrou-se mais suscetível (p<0.03). Na microscopia óptica e de varredura observamos maior reação inflamatória e perda de células endoteliais nos dois grupos injetados com PFCLs e normal no grupo-controle. Os resultados sugerem que ambos PFCLs estudados apresentam toxicidade corneana após a primeira semana de permanência na câmara anterior.