As radiações e a formação de uma ecologia institucional da medicina do cancro em Portugal (1912-1948)
Resumo: Os estudos da radioatividade e o impulso científico e industrial associado à produção de radiações marcaram profundamente a medicina portuguesa no começo do Século XX. Neste artigo explora-se o modo como uma noção biomédica do cancro emergiu nessa época, intimamente associada ao desenvolvimento de uma “economia das radiações” que se apoiava nos usos clínicos e científicos da radioatividade. Argumenta-se que essa economia se baseou em ambos os conceitos de “cancro” e de “radiações”, que se constituíram como objetos de fronteira, capazes de sustentar, no caso português, uma nova ecologia institucional da medicina através do seu potencial mediador entre diversos interesses políticos, científicos, médicos e industriais.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
2020
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732020000400692 |
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Summary: | Resumo: Os estudos da radioatividade e o impulso científico e industrial associado à produção de radiações marcaram profundamente a medicina portuguesa no começo do Século XX. Neste artigo explora-se o modo como uma noção biomédica do cancro emergiu nessa época, intimamente associada ao desenvolvimento de uma “economia das radiações” que se apoiava nos usos clínicos e científicos da radioatividade. Argumenta-se que essa economia se baseou em ambos os conceitos de “cancro” e de “radiações”, que se constituíram como objetos de fronteira, capazes de sustentar, no caso português, uma nova ecologia institucional da medicina através do seu potencial mediador entre diversos interesses políticos, científicos, médicos e industriais. |
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