Rendimento de Desdobro de Toras nas Serrarias e Laminadoras do Município de Jaru, Estado de Rondônia.
Este trabalho teve por objetivo avaliar o rendimento de desdobro de toras das serrarias e laminadoras do Município de Jaru, RO. Os dados do rendimento foram obtidos em três serrarias e em duas laminadoras do Município de Jaru. Nas serrarias, estimou-se o rendimento do desdobro de toras de 15 espécies florestais mais comercializadas em Jaru e nas laminadoras o rendimento foi estimado para as quatro espécies mais utilizadas nesse Município. O critério adotado para seleção das empresas foi dirigido àquelas empresas que se mostraram mais receptivas ao trabalho de pesquisa que estava sendo desenvolvido no Município. O rendimento do desdobro da tora é dado pela relação entre o volume em tora e o volume de madeira serrada, considerando só as peças de qualidade. O volume da tora foi calculado pelo produto do comprimento e do diâmetro sem casca, da ponta mais fina, subtraindo-se 10 cm de cada lado desse diâmetro. Esse método é chamado de ?Paulista?, que representa 79,8% do volume real da tora. Nas serrarias as espécies que obtiveram os maiores rendimento de desdobro foram Brosimum sp (Garrote) (72,20%), Cordia sp (Freijó) (69,09%) e o Cedrela sp (Cedro) com (66,09%). As espécies com menores rendimento foram Trichilia sp (Jitó) (28,04%), Peltogyne confertiflora (Roxinho) (34,85%) e a Myroxylon balsamum (Cabriúva) com (34,86%). O rendimento médio encontrado para todas as serrarias e espécies foi de 49,28%, abaixo do estabelecido em lei. Isso significa que os donos de serrarias estão deixando de recolher 5% de reposição florestal, ou explorando 55 hectares a mais de floresta por ano. Nas laminadoras as espécies Parkia sp (Pinho cuiabano) e Ceiba pentandra (sumaúma) obtiveram os melhores rendimentos médios com 74,97% e 73,27% respectivamente. O rendimento médio encontrado foi de 69,79%, isso significa que os donos de laminadoras estão pagando a mais na reposição florestal 15,51% do que o estabelecido em lei, ou deixando de explorar 289 hectares por ano.
Main Authors: | , , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Folhetos biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2002
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Subjects: | Indústria Madeireira, Espécies Florestais, Índice de conversão, |
Online Access: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/984179 |
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Summary: | Este trabalho teve por objetivo avaliar o rendimento de desdobro de toras das serrarias e laminadoras do Município de Jaru, RO. Os dados do rendimento foram obtidos em três serrarias e em duas laminadoras do Município de Jaru. Nas serrarias, estimou-se o rendimento do desdobro de toras de 15 espécies florestais mais comercializadas em Jaru e nas laminadoras o rendimento foi estimado para as quatro espécies mais utilizadas nesse Município. O critério adotado para seleção das empresas foi dirigido àquelas empresas que se mostraram mais receptivas ao trabalho de pesquisa que estava sendo desenvolvido no Município. O rendimento do desdobro da tora é dado pela relação entre o volume em tora e o volume de madeira serrada, considerando só as peças de qualidade. O volume da tora foi calculado pelo produto do comprimento e do diâmetro sem casca, da ponta mais fina, subtraindo-se 10 cm de cada lado desse diâmetro. Esse método é chamado de ?Paulista?, que representa 79,8% do volume real da tora. Nas serrarias as espécies que obtiveram os maiores rendimento de desdobro foram Brosimum sp (Garrote) (72,20%), Cordia sp (Freijó) (69,09%) e o Cedrela sp (Cedro) com (66,09%). As espécies com menores rendimento foram Trichilia sp (Jitó) (28,04%), Peltogyne confertiflora (Roxinho) (34,85%) e a Myroxylon balsamum (Cabriúva) com (34,86%). O rendimento médio encontrado para todas as serrarias e espécies foi de 49,28%, abaixo do estabelecido em lei. Isso significa que os donos de serrarias estão deixando de recolher 5% de reposição florestal, ou explorando 55 hectares a mais de floresta por ano. Nas laminadoras as espécies Parkia sp (Pinho cuiabano) e Ceiba pentandra (sumaúma) obtiveram os melhores rendimentos médios com 74,97% e 73,27% respectivamente. O rendimento médio encontrado foi de 69,79%, isso significa que os donos de laminadoras estão pagando a mais na reposição florestal 15,51% do que o estabelecido em lei, ou deixando de explorar 289 hectares por ano. |
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