O capim-xaraés (Brachiaria brizantha cv. Xaraés) na diversificação de pastagens de braquiária.
A cultivar Xaraés (Brachiaria brizantha), coletada em Burundi. África, foi liberada pela Embrapa em 2003 após 15 anos de avaliações. É uma planta cespitosa, de 1,5 m de altura, folha lanceolada e longa, com poucos pêlos e de coloração verde-escura. Os colmos são finos e radicantes nos nós, e as inflorescência são grandes, como espiguetas em uma só fileira. A cultivar Xaraés é apomítica e penteploíde, com 45 cromossomos. Irregularidades na divisão meiótica reduzem a validade do pólen para, aproximadamente, 79%. Seus principais atributos possitivos são a alta produtividade, especialmente de folhas, a rápida rebrota e o florescimento tardio, prolongado o período de pastejo até o período seco. Além disso, apresenta bom valor nutritivo e alta capacidade de suporte, que resulta em cerca de 20% maior produtividade animal por hectare do que a cultivar Marandu. Apesar das baixas populações de cigarrinhas consistentemente observadas nas áreas experimentais, a cultivar Xaraés não apresentou nível de resistência desejável às espécies de cigarrinhas Notozulia entreriana e Deois flavopicta em ensaios sob condições controladas. Tal fato limita sua utilização extensiva em áreas com histórico de problemas com cigarrinhas, sobretudo, onde predominam as do gênero Mahanarva, significativamente mais agressivas que as outras duas. A cultivar Xaraés mostrou-se tolerante a fungos foliares e de raiz, e possui maior tolerância a solos úmido que a 'Marandu'. A' Xaraés', por ter um florescimento tardio, monstrou-se suscetível à mela-das-sementes. Essa doença manifesta-se sob condições ambientais de alta umidade e baixa temperatura associadas as frentes frias típicas de outono durante o florescimento e a maturação das sementes. A cultivar Xaraés foi, aproximadamente, 15% mais produtiva do que a 'Marandu' na média de três cortes sob três níveis de P(0, 3-5 e 5-10 mg P Mehlich-1 dm³) e duas saturações por bases no solo: 35% a 40% e 50% a 60%. Apesar da existência de cultivares semellhantes no comércio, a identidade e origem da cultivar Xaraés são garantidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mediante produções continuadas de sementes genéticas desde 1988.
Main Authors: | , , , , , , , , , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Folhetos biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2004
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Subjects: | Xaraés, Característica agronômica, Mata Atlântica, Brasil, Agronomic characters, Adaptation, Mixed pastures, Brazilian savannas, Aclimatação, Brachiaria Brizantha, Citogenética, Cerrado, Diversificação de Cultura, Pastagem Cultivada, Plantio, Valor Nutritivo, cytogenetics, Brazil, planting, nutritive value, sown pastures, |
Online Access: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/326133 |
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Summary: | A cultivar Xaraés (Brachiaria brizantha), coletada em Burundi. África, foi liberada pela Embrapa em 2003 após 15 anos de avaliações. É uma planta cespitosa, de 1,5 m de altura, folha lanceolada e longa, com poucos pêlos e de coloração verde-escura. Os colmos são finos e radicantes nos nós, e as inflorescência são grandes, como espiguetas em uma só fileira. A cultivar Xaraés é apomítica e penteploíde, com 45 cromossomos. Irregularidades na divisão meiótica reduzem a validade do pólen para, aproximadamente, 79%. Seus principais atributos possitivos são a alta produtividade, especialmente de folhas, a rápida rebrota e o florescimento tardio, prolongado o período de pastejo até o período seco. Além disso, apresenta bom valor nutritivo e alta capacidade de suporte, que resulta em cerca de 20% maior produtividade animal por hectare do que a cultivar Marandu. Apesar das baixas populações de cigarrinhas consistentemente observadas nas áreas experimentais, a cultivar Xaraés não apresentou nível de resistência desejável às espécies de cigarrinhas Notozulia entreriana e Deois flavopicta em ensaios sob condições controladas. Tal fato limita sua utilização extensiva em áreas com histórico de problemas com cigarrinhas, sobretudo, onde predominam as do gênero Mahanarva, significativamente mais agressivas que as outras duas. A cultivar Xaraés mostrou-se tolerante a fungos foliares e de raiz, e possui maior tolerância a solos úmido que a 'Marandu'. A' Xaraés', por ter um florescimento tardio, monstrou-se suscetível à mela-das-sementes. Essa doença manifesta-se sob condições ambientais de alta umidade e baixa temperatura associadas as frentes frias típicas de outono durante o florescimento e a maturação das sementes. A cultivar Xaraés foi, aproximadamente, 15% mais produtiva do que a 'Marandu' na média de três cortes sob três níveis de P(0, 3-5 e 5-10 mg P Mehlich-1 dm³) e duas saturações por bases no solo: 35% a 40% e 50% a 60%. Apesar da existência de cultivares semellhantes no comércio, a identidade e origem da cultivar Xaraés são garantidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária mediante produções continuadas de sementes genéticas desde 1988. |
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