Controle biológico aplicado da mosca-da-fruta Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) com uso de parasitoides.

A fruticultura no Submédio do Vale do Rio São Francisco faz com que a região apresente um dos maiores produtos interno bruto (PIB) agrícola do Brasil. A grande diversidade de espécies frutíferas cultivadas durante todo o ano nesta região, favorece a proliferação de C. capitata, espécie quarentenária para alguns países, os quais impõe barreiras fitos- sanitárias como ocorre em relação às exportações de mangas e uvas frescas para os Estados Unidos (Mapa-IN 20) (Paranhos et al., 2009). O Submédio do Vale do São Francisco compreende, hoje, uma área de cerca de 85 mil hectares de frutíferas (IBGE, 2020), grande parte com a produção de manga, uva, goiaba e acerola, além de outras frutíferas que também são hospedeiras de C. capitata. Por demandas de mercado, busca-se alta qualidade dos frutos produzidos e redução no uso de agrotóxicos e, neste caso, o controle biológico por meio de parasitoides constitui uma das ferramentas fundamentais no controle das moscas-da-fruta, em diversas partes do mundo. Considerando-se a importância do controle biológico como método de controle na fruticultura no Submédio do Vale do São Francisco, o objetivo deste trabalho é mostrar a eficácia e o potencial uso dos parasitoides Fopius arisanus (Sonan, 1932) e Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae), de forma a recomendá-los como bioagentes no controle de C. capitata. A substituição da aplicação de inseticidas convencionais pelo uso de inimigos naturais para o controle de populações de moscas-da-fruta contribui com o atendimento da meta 2.4 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 da Organização das Nações Unidas (ONU), que preconiza a estruturação de sistemas sustentáveis de produção de alimentos e a implementação de práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção (Nações Unidas, 2023).

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Bibliographic Details
Main Authors: PARANHOS, B. A. G., GAVA, C. A. T., COSTA-LIMA, T. C. da
Other Authors: BEATRIZ AGUIAR GIORDANO PARANHOS, CPATSA; CARLOS ALBERTO TUAO GAVA, CPATSA; TIAGO CARDOSO DA COSTA LIMA, CPATSA.
Format: Folhetos biblioteca
Language:por
Published: 2024
Subjects:Fruticultura irrigada, Vale do São Francisco, Parasitoides Fopius arisanus, ODS 2, Mosca das Frutas, Mosca do Mediterrâneo, Controle Biológico, Fruta, Díptera, Ceratitis Capitata, Fruticultura, Parasitoids, Biological control,
Online Access:http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1170035
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Description
Summary:A fruticultura no Submédio do Vale do Rio São Francisco faz com que a região apresente um dos maiores produtos interno bruto (PIB) agrícola do Brasil. A grande diversidade de espécies frutíferas cultivadas durante todo o ano nesta região, favorece a proliferação de C. capitata, espécie quarentenária para alguns países, os quais impõe barreiras fitos- sanitárias como ocorre em relação às exportações de mangas e uvas frescas para os Estados Unidos (Mapa-IN 20) (Paranhos et al., 2009). O Submédio do Vale do São Francisco compreende, hoje, uma área de cerca de 85 mil hectares de frutíferas (IBGE, 2020), grande parte com a produção de manga, uva, goiaba e acerola, além de outras frutíferas que também são hospedeiras de C. capitata. Por demandas de mercado, busca-se alta qualidade dos frutos produzidos e redução no uso de agrotóxicos e, neste caso, o controle biológico por meio de parasitoides constitui uma das ferramentas fundamentais no controle das moscas-da-fruta, em diversas partes do mundo. Considerando-se a importância do controle biológico como método de controle na fruticultura no Submédio do Vale do São Francisco, o objetivo deste trabalho é mostrar a eficácia e o potencial uso dos parasitoides Fopius arisanus (Sonan, 1932) e Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae), de forma a recomendá-los como bioagentes no controle de C. capitata. A substituição da aplicação de inseticidas convencionais pelo uso de inimigos naturais para o controle de populações de moscas-da-fruta contribui com o atendimento da meta 2.4 do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 da Organização das Nações Unidas (ONU), que preconiza a estruturação de sistemas sustentáveis de produção de alimentos e a implementação de práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção (Nações Unidas, 2023).