Uso das práticas de manejo de forrageiras e de pastejo na bovinocultura de corte.
Resumo: A pecuária brasileira possui vantagem comparativa por fazer uso de pastagens como principal fonte de alimento do rebanho. No Brasil, as pastagens plantadas ocupam cerca de 100 milhões de hectares e estão presentes em todos os biomas. As condições climáticas do país propiciam elevada produção de forragem, principalmente, quando utilizadas técnicas adequadas de manejo e adubação, gerando alimento abundante e barato para os ruminantes. O aumento da produtividade e o alcance da sustentabilidade na bovinocultura de corte têm relação direta com a produtividade e qualidade das pastagens. O uso de um conjunto de práticas que engloba manejo de pastagem (calagem e adubação, formação de pastagem, controle de doenças, pragas e plantas espontâneas, irrigação, dentre outras) e manejo de pastejo (taxa de lotação – carga animal; frequência e intensidade de pastejo das plantas, pastejo rotacionado; período de descanso; etc.) é fundamental para obtenção de bons resultados na produção de carne bovina a um baixo custo com conservação ambiental. No entanto, nem sempre as pastagens são manejadas de forma adequada devido à falta de conhecimento sobre suas condições de crescimento e composição nutricional. A compreensão da situação da aplicação de 20 práticas de manejo de pastagem e de pastejo nas fazendas de bovinocultura de corte no Brasil caracterizadas neste estudo demonstra a diversidade de adoção em nível regional ou por perfil de sistema, a necessidade de aprofundamento de pesquisas de adaptações e sobre fatores condicionantes de adoção, a urgência da discussão de politica públicas de estimulo a difusão das práticas... enfim traz subsídios para discussão e implementação de diferentes ações e estratégias necessárias para efetivar o uso destas práticas no país. Espera-se que o conteúdo desta publicação contribua para subsidiar o debate e para superar os desafios de ampliar a produção de alimentos de maneira sustentável. O objetivo deste estudo foi identificar e compreender as práticas de manejo de forragens e de pastejo empregadas em fazendas de bovinocultura de corte no Brasil. Para tanto, empregaram-se análises estatísticas a um conjunto de dados de caracterização do sistema produtivo de propriedades com atividade predominante de bovino de corte, coletadas a partir de uma plataforma on-line, para caracterizar, descobrir e exibir relações entre características estruturais do sistema de produção e de posição geográfica e um grupo de 20 práticas de manejo de forrageiras e de pastejo. Além dessa introdução de contextualização, o trabalho contempla a descrição da metodologia utilizada, a apresentação dos resultados e as considerações finais.
Main Authors: | , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Livros biblioteca |
Language: | por |
Published: |
2024
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Subjects: | Forragem, Manejo, Pastejo, Bovinocultura, Gado de Corte, |
Online Access: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1164251 |
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Summary: | Resumo: A pecuária brasileira possui vantagem comparativa por fazer uso de pastagens como principal fonte de alimento do rebanho. No Brasil, as pastagens plantadas ocupam cerca de 100 milhões de hectares e estão presentes em todos os biomas. As condições climáticas do país propiciam elevada produção de forragem, principalmente, quando utilizadas técnicas adequadas de manejo e adubação, gerando alimento abundante e barato para os ruminantes. O aumento da produtividade e o alcance da sustentabilidade na bovinocultura de corte têm relação direta com a produtividade e qualidade das pastagens. O uso de um conjunto de práticas que engloba manejo de pastagem (calagem e adubação, formação de pastagem, controle de doenças, pragas e plantas espontâneas, irrigação, dentre outras) e manejo de pastejo (taxa de lotação – carga animal; frequência e intensidade de pastejo das plantas, pastejo rotacionado; período de descanso; etc.) é fundamental para obtenção de bons resultados na produção de carne bovina a um baixo custo com conservação ambiental. No entanto, nem sempre as pastagens são manejadas de forma adequada devido à falta de conhecimento sobre suas condições de crescimento e composição nutricional. A compreensão da situação da aplicação de 20 práticas de manejo de pastagem e de pastejo nas fazendas de bovinocultura de corte no Brasil caracterizadas neste estudo demonstra a diversidade de adoção em nível regional ou por perfil de sistema, a necessidade de aprofundamento de pesquisas de adaptações e sobre fatores condicionantes de adoção, a urgência da discussão de politica públicas de estimulo a difusão das práticas... enfim traz subsídios para discussão e implementação de diferentes ações e estratégias necessárias para efetivar o uso destas práticas no país. Espera-se que o conteúdo desta publicação contribua para subsidiar o debate e para superar os desafios de ampliar a produção de alimentos de maneira sustentável. O objetivo deste estudo foi identificar e compreender as práticas de manejo de forragens e de pastejo empregadas em fazendas de bovinocultura de corte no Brasil. Para tanto, empregaram-se análises estatísticas a um conjunto de dados de caracterização do sistema produtivo de propriedades com atividade predominante de bovino de corte, coletadas a partir de uma plataforma on-line, para caracterizar, descobrir e exibir relações entre características estruturais do sistema de produção e de posição geográfica e um grupo de 20 práticas de manejo de forrageiras e de pastejo. Além dessa introdução de contextualização, o trabalho contempla a descrição da metodologia utilizada, a apresentação dos resultados e as considerações finais. |
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