Monitoramento de plantas daninhas resistentes a glifosato no Brasil.
O monitoramento da dispersão de plantas daninhas resistentes a herbicidas é prática importante para elaboração de estratégias de manejo mais efetivas. O objetivo deste trabalho é avaliar a dispersão destas plantas no território nacional. O trabalho foi conduzido durante duas safras (2018/2019 e 2019/2020). Foram realizadas coletas e georreferenciamento de sementes de biótipos de buva (Conyza spp), capim-amargoso (Digitaria insularis), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e azevém (Lolium perene spp multiflorum). As sementes foram identificadas, armazenadas e posteriormente levadas para casa de vegetação para a realização de testes para verificação de resistência ao glifosato. A variável analisada foi o controle visual aos 28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), sendo os biótipos identificados de acordo com a resposta ao tratamento herbicida, como suscetível ou resistente, adotando escala binária em que zero (0) representa a morte das plantas e um (1) representa plantas vivas. Os dados obtidos foram analisados pela estatística descritiva, buscando estabelecer relações entre as distribuições dos casos de resistência aos herbicidas para a elaboração de mapas. Os resultados demonstram a ampla dispersão de biótipos resistentes ao glifosato no Brasil. A buva e o capim-amargoso foram as duas espécies que mais apresentaram dispersão de biótipos resistentes. Os registros de biótipos de azevém resistentes ao glifosato se situaram no médio norte do estado do Rio Grande do Sul. O capim-pé-de-galinha apresentou menor número de casos. Com base nos resultados, é possível concluir que biótipos resistentes ao glifosato encontram-se amplamente disseminados pelas principais regiões produtoras de grãos do Brasil. Medidas efetivas de manejo devem ser estabelecidas para reduzir a frequência e dispersão destes biótipos.
Main Authors: | , , , , , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Folhetos biblioteca |
Language: | Portugues pt_BR |
Published: |
2021
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Subjects: | Conyza spp, Digitaria insularis, Lollium perene spp multiflorum, Erva Daninha, Dispersão, Resistência a Produtos Químicos, Eleusine indica, |
Online Access: | http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1136521 |
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Summary: | O monitoramento da dispersão de plantas daninhas resistentes a herbicidas é prática importante para elaboração de estratégias de manejo mais efetivas. O objetivo deste trabalho é avaliar a dispersão destas plantas no território nacional. O trabalho foi conduzido durante duas safras (2018/2019 e 2019/2020). Foram realizadas coletas e georreferenciamento de sementes de biótipos de buva (Conyza spp), capim-amargoso (Digitaria insularis), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) e azevém (Lolium perene spp multiflorum). As sementes foram identificadas, armazenadas e posteriormente levadas para casa de vegetação para a realização de testes para verificação de resistência ao glifosato. A variável analisada foi o controle visual aos 28 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), sendo os biótipos identificados de acordo com a resposta ao tratamento herbicida, como suscetível ou resistente, adotando escala binária em que zero (0) representa a morte das plantas e um (1) representa plantas vivas. Os dados obtidos foram analisados pela estatística descritiva, buscando estabelecer relações entre as distribuições dos casos de resistência aos herbicidas para a elaboração de mapas. Os resultados demonstram a ampla dispersão de biótipos resistentes ao glifosato no Brasil. A buva e o capim-amargoso foram as duas espécies que mais apresentaram dispersão de biótipos resistentes. Os registros de biótipos de azevém resistentes ao glifosato se situaram no médio norte do estado do Rio Grande do Sul. O capim-pé-de-galinha apresentou menor número de casos. Com base nos resultados, é possível concluir que biótipos resistentes ao glifosato encontram-se amplamente disseminados pelas principais regiões produtoras de grãos do Brasil. Medidas efetivas de manejo devem ser estabelecidas para reduzir a frequência e dispersão destes biótipos. |
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