Aquela mulher sou eu? A telenovela brasileira na construçâo das identidades na velhice
Através das lentes dos estudos culturais latino-americanos e estudos de recepçâo brasileiros, este trabalho investiga como mulheres idosas das clases populares, que acompanharam a telenovela brasileira desde seu surgimento, constituem suas identidades a partir desse gênero televisivo. Para tanto, foi realizado um estudo de recepçâo com seis mulheres, entre 63 e 76 anos, residentes na periferia da cidade de Santa Maria-Rio Grande do Sul. Durante o período de um ano, realizou-se uma etnografia crítica da recepçâo, com observaçâo do espaço doméstico, assistência da telenovela junto as receptoras, realizaçâo de entrevistas exploratórias e entrevistas semi-abertas/fechadas. A pesquisa evidenciou a importancia da novela na construçâo das velhices para as mulheres pesquisadas, marcada pelas mediaçôes de clase sociale relaçôes de gênero. A classe define uma vivência mais opressora da condiçâo feminina, que perpassa os modos como elas significam suas velhices. O ingresso na velhice, por sua vez, desestabiliza suas concepçôes tradicionais de gênero. Essa dinámica configura suas representaçôes da velhice e se faz presente na recepçâo da telenovela. Na trama, elas encontram modelos de velhice feminina com os quais podem se identificar, de acordo com os significados mais positivos da velhice que constroem para si.
Main Author: | |
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Format: | article biblioteca |
Language: | prt |
Published: |
Quito : CIESPAL
2013-06-03T19:42:56Z
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Subjects: | TELENOVELA BRASILEIRA, REPRESENTAÇÔES SOCIAIS, VEJEZ, TELENOVELA BRASILEÑA, REPRESENTACIONES SOCIALES, |
Online Access: | http://hdl.handle.net/10469/5295 |
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Summary: | Através das lentes dos estudos culturais latino-americanos e estudos de recepçâo brasileiros, este trabalho investiga como mulheres idosas das clases populares, que acompanharam a telenovela brasileira desde seu surgimento, constituem suas identidades a partir desse gênero televisivo. Para tanto, foi realizado um estudo de recepçâo com seis mulheres, entre 63 e 76 anos, residentes na periferia da cidade de Santa Maria-Rio Grande do Sul. Durante o período de um ano, realizou-se uma etnografia crítica da recepçâo, com observaçâo do espaço doméstico, assistência da telenovela junto as receptoras, realizaçâo de entrevistas exploratórias e entrevistas semi-abertas/fechadas. A pesquisa evidenciou a importancia da novela na construçâo das velhices para as mulheres pesquisadas, marcada pelas mediaçôes de clase sociale relaçôes de gênero. A classe define uma vivência mais opressora da condiçâo feminina, que perpassa os modos como elas significam suas velhices. O ingresso na velhice, por sua vez, desestabiliza suas concepçôes tradicionais de gênero. Essa dinámica configura suas representaçôes da velhice e se faz presente na recepçâo da telenovela. Na trama, elas encontram modelos de velhice feminina com os quais podem se identificar, de acordo com os significados mais positivos da velhice que constroem para si. |
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