Construção de paisagens eco-eficientes. Quais contribuições possíveis das biotechnologias florestais ?

Um dos maiores desafios da agricultura em escala global, é de conciliar aumentos de produção para suprir a demanda crescente em produtos agrícolas, e a necessid ade de perenizar os recursos naturais. Nesta perspectiva a ecoeficiencia define objetivos e indicadores relativos ao equilíbrio produção / recursos naturais. A paisagem constitui um quadro espacial pertinente para organizar eco - eficiência, uma vez que corr esponde às interações entre processos ecossistêmicos e sócio - técnicos. A arvóre pode assumir um papel central nesta busca de maiores ecoeficiencias nas paisagens, o que questiona fortemente as biotecnologias florestais. O objetivo desta contribuição é de a presentar a partir de dois exemplos contrastados, no oeste africano e na Amazônia brasileira, a diversidade de funções que as biotecnologias florestais podem assumir, neste ponto de visto da ecoeficiencia nas paisagens. Se as possibilidades técnicas são mú ltiplas, a sua implementação ainda é problemática, uma vez que as árvores raramente são prioritárias nos projetos produtivos dos agricultores e das cadeias produtivas. Com exceção das fruteiras, as funções ecossistêmicas das árvores são consideradas como d e menor importância em relação aos cultivos comerciais, ou de autoconsumo. Numa segunda parte, os autores explicam as atuais fronteiras do conhecimento científico em biotecnologias florestais, no que tange às florestas plantadas de eucalipto. A apresenta ção focada na pesquisa realizada em parceria entre CIRAD a Usp e a Esalq , e a IPEF na estação de pesquisa florestal de Itatinga . Esta pesquisa forneceu informações detalhadas sobre o uso da água , fluxos de carbono e trocas de nutrientes entre plantas, solo e da atmosfera. Evidencia - se que os ganhos de produtividades, e os serviços ecossistêmicos, são estreitamente ligados ao conceito de eco - eficiencia, ou seja, à adoção de tecnologias que permitem otimizar a mobilização dos recursos naturais alcançáveis pelas plantas (recursos hídricos e nitrogênio especialmente), e não unicamente recursos sintéticos. Um outro desafio trata de melhorar a integração das áreas plantadas na paisagem, otimizando também as localizações relativamente às configurações espaciais dos recursos. Em conclusão, os autores insistem na necessidade de ampliar os conhecimentos numa maior diversidade de espécies arbóreas, mas também na importância de transferir aos produtores os conhecimentos atualmente disponíveis, e facilitar financiamen tos específicos aos produtores, notadamente familiares. (Texte intégral)

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Bibliographic Details
Main Authors: Poccard-Chapuis, René, Mallet, Bernard, Bouillet, Jean-Pierre, Nouvellon, Yann
Format: conference_item biblioteca
Language:por
Published: EMBRAPA
Subjects:P01 - Conservation de la nature et ressources foncières, A01 - Agriculture - Considérations générales, K01 - Foresterie - Considérations générales,
Online Access:http://agritrop.cirad.fr/576204/
http://agritrop.cirad.fr/576204/1/Poccard%20Mallet%20Dias%20Iguacu%20Cirad%2021%2005%20%281%29.pdf
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Description
Summary:Um dos maiores desafios da agricultura em escala global, é de conciliar aumentos de produção para suprir a demanda crescente em produtos agrícolas, e a necessid ade de perenizar os recursos naturais. Nesta perspectiva a ecoeficiencia define objetivos e indicadores relativos ao equilíbrio produção / recursos naturais. A paisagem constitui um quadro espacial pertinente para organizar eco - eficiência, uma vez que corr esponde às interações entre processos ecossistêmicos e sócio - técnicos. A arvóre pode assumir um papel central nesta busca de maiores ecoeficiencias nas paisagens, o que questiona fortemente as biotecnologias florestais. O objetivo desta contribuição é de a presentar a partir de dois exemplos contrastados, no oeste africano e na Amazônia brasileira, a diversidade de funções que as biotecnologias florestais podem assumir, neste ponto de visto da ecoeficiencia nas paisagens. Se as possibilidades técnicas são mú ltiplas, a sua implementação ainda é problemática, uma vez que as árvores raramente são prioritárias nos projetos produtivos dos agricultores e das cadeias produtivas. Com exceção das fruteiras, as funções ecossistêmicas das árvores são consideradas como d e menor importância em relação aos cultivos comerciais, ou de autoconsumo. Numa segunda parte, os autores explicam as atuais fronteiras do conhecimento científico em biotecnologias florestais, no que tange às florestas plantadas de eucalipto. A apresenta ção focada na pesquisa realizada em parceria entre CIRAD a Usp e a Esalq , e a IPEF na estação de pesquisa florestal de Itatinga . Esta pesquisa forneceu informações detalhadas sobre o uso da água , fluxos de carbono e trocas de nutrientes entre plantas, solo e da atmosfera. Evidencia - se que os ganhos de produtividades, e os serviços ecossistêmicos, são estreitamente ligados ao conceito de eco - eficiencia, ou seja, à adoção de tecnologias que permitem otimizar a mobilização dos recursos naturais alcançáveis pelas plantas (recursos hídricos e nitrogênio especialmente), e não unicamente recursos sintéticos. Um outro desafio trata de melhorar a integração das áreas plantadas na paisagem, otimizando também as localizações relativamente às configurações espaciais dos recursos. Em conclusão, os autores insistem na necessidade de ampliar os conhecimentos numa maior diversidade de espécies arbóreas, mas também na importância de transferir aos produtores os conhecimentos atualmente disponíveis, e facilitar financiamen tos específicos aos produtores, notadamente familiares. (Texte intégral)