Seletividade de inseticidas reguladores de crescimento a adultos de Podisus nigrispinus em laboratório.

O objetivo do trabalho foi verificar o efeito de inseticidas reguladores de crescimento ao predador Podisus nigrispinus. Os testes foram conduzidos em laboratório sob condições controladas (25 ± 1oC, 70 ± 10% UR, e fotofase de 12 h) em delineamento inteiramente casualizado. Os inseticidas testados, em gramas de ingrediente ativo por hectare (g.i.a./ha) foram: lufenuron 0,75; teflubenzurom 7,5; triflumurom 14,4; tebufenozida 30; clorfluazurom 3,75; novalurom 7,5; metoxifenozido 21,6; clorpirifós 480 (testemunha positiva) e água (testemunha negativa), de acordo com protocolos padronizados pela International Organisation of Biological Control (IOBC). Os testes foram realizados em placas de vidro plano (13 x 13 cm), aprisionando o predador com o auxílio de uma superfície circular, anel de PVC, com 3 cm de altura e 7,5 cm de diâmetro. A extremidade superior do anel foi protegida com tecido (tuli), onde os adultos receberam aplicação tópica dos inseticidas por meio de uma torre de Potter. Avaliou-se a sobrevivência nos intervalos de 24, 48, 72, 96 e 120 horas após a exposição dos adultos aos respectivos tratamentos. Com os adultos sobreviventes de cada tratamento foram formados casais, avaliando-se o número de ovos postos até 10 dias, visando observar possíveis efeitos na fecundidade e fertilidade. Calculou-se o efeito total do produto sobre os adultos de P. nigrispinus (ABBOTT, 1925), considerando-se a razão entre a média diária de ovos postos por fêmea tratada e não tratada. Dos produtos (g i.a./ha) avaliados, apenas clorpirifós 480 foi classificado como nocivo (classe 4), por matar 100% dos predadores. Os inseticidas lufenuron e tebufenozida foram classificados como levemente nocivos (classe 2) e triflumurom, clorfluazurom, novalurom e metoxifenozido como inócuos (classe 1). A classificação toxicológica do tratamento teflubenzurom foi alterada de inócuo para levemente nocivo (classe 2), quando considerada a viabilidade dos ovos de P. nigrispinus.

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Bibliographic Details
Main Authors: STECCA, C. S., ZIRONDI, D., MANTOVANI, M. A., FRANÇA, L. F. T., SILVA, D. M., PASINI, A., BUENO, A. F.
Other Authors: CRISTIANE S. STECCA, UEL; DAUMIR ZIRONDI, UEL; MAICO A. MANTOVANI, UNIFIL; LUIZ F. T. FRANÇA, UNIFIL; DEBORA M. SILVA, UNIFIL; AMARILDO PASINI, UEL; ADENEY DE FREITAS BUENO, CNPSO.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2012-11-27
Subjects:Controle Biológico.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/940655
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Description
Summary:O objetivo do trabalho foi verificar o efeito de inseticidas reguladores de crescimento ao predador Podisus nigrispinus. Os testes foram conduzidos em laboratório sob condições controladas (25 ± 1oC, 70 ± 10% UR, e fotofase de 12 h) em delineamento inteiramente casualizado. Os inseticidas testados, em gramas de ingrediente ativo por hectare (g.i.a./ha) foram: lufenuron 0,75; teflubenzurom 7,5; triflumurom 14,4; tebufenozida 30; clorfluazurom 3,75; novalurom 7,5; metoxifenozido 21,6; clorpirifós 480 (testemunha positiva) e água (testemunha negativa), de acordo com protocolos padronizados pela International Organisation of Biological Control (IOBC). Os testes foram realizados em placas de vidro plano (13 x 13 cm), aprisionando o predador com o auxílio de uma superfície circular, anel de PVC, com 3 cm de altura e 7,5 cm de diâmetro. A extremidade superior do anel foi protegida com tecido (tuli), onde os adultos receberam aplicação tópica dos inseticidas por meio de uma torre de Potter. Avaliou-se a sobrevivência nos intervalos de 24, 48, 72, 96 e 120 horas após a exposição dos adultos aos respectivos tratamentos. Com os adultos sobreviventes de cada tratamento foram formados casais, avaliando-se o número de ovos postos até 10 dias, visando observar possíveis efeitos na fecundidade e fertilidade. Calculou-se o efeito total do produto sobre os adultos de P. nigrispinus (ABBOTT, 1925), considerando-se a razão entre a média diária de ovos postos por fêmea tratada e não tratada. Dos produtos (g i.a./ha) avaliados, apenas clorpirifós 480 foi classificado como nocivo (classe 4), por matar 100% dos predadores. Os inseticidas lufenuron e tebufenozida foram classificados como levemente nocivos (classe 2) e triflumurom, clorfluazurom, novalurom e metoxifenozido como inócuos (classe 1). A classificação toxicológica do tratamento teflubenzurom foi alterada de inócuo para levemente nocivo (classe 2), quando considerada a viabilidade dos ovos de P. nigrispinus.