Importância da colheita, beneficiamento e tratamento com fungicidas na sanidade de sementes e transmissão do mofo branco.

Até a década de 90 o mofo branco era restrito ao sul do Brasil, ocorrendo esporadicamente em áreas de pivô central em Minas Gerais e Goiás. Porém, a falta de cuidados com a semente de soja, oriunda de áreas afetadas pelo mofo (utilização de semente caseira ou pirata) sem o devido cuidado com o beneficiamento, e a sucessão com culturas suscetíveis (algodão, feijão, girassol) tornou essa doença um dos maiores problemas para a cultura da soja, no oeste da Bahia. No manejo do mofo branco, deve-se utilizar semente certificada, livre de escleródios e para isso o separador espiral torna-se um equipamento indispensável; tratamento de semente com fungicidas benzimidazóis + contato para evitar a introdução do fungo na forma de micélio dormente e aumentar o espaçamento, sempre que possível. Em janeiro de 2009 foi colocada em consulta pública a Portaria Nº 47 do MAPA. No caso da soja, foi proposto o padrão 0 (zero) para a presença de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, em 500 gramas de sementes (análise de pureza) para evitar a comercialização de lotes de sementes contaminados com escleródios e restringir assim sua disseminação para outras áreas de cultivo. Todavia, vale ressaltar que o fungo pode também ser disseminado via micélio dormente. Pesquisa realizada com sementes oriundas de um experimento de controle químico do mofo branco, em Itaiópolis, SC, onde a ocorrência da doença foi bastante significativa revelou que das 10.400 sementes incubadas, Sclerotinia sclerotiorum, foi observada em apenas oito sementes, após 21 dias de incubação a 18º C, indicando que a taxa de transmissão é extremamente baixa (< 0,1 %) . Vale ressaltar que o controle é facilmente obtido através do tratamento da semente com a mistura de fungicidas benzimidazóis + contato.

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Bibliographic Details
Main Author: HENNING, A. A.
Other Authors: ADEMIR ASSIS HENNING, CNPSO.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2011-08-19T11:11:11Z
Subjects:Soja, Semente, Mofo branco, Doença fungica, Sclerotinia Sclerotiorum., Soybeans, Fungal diseases of plants, Seeds,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/898378
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Description
Summary:Até a década de 90 o mofo branco era restrito ao sul do Brasil, ocorrendo esporadicamente em áreas de pivô central em Minas Gerais e Goiás. Porém, a falta de cuidados com a semente de soja, oriunda de áreas afetadas pelo mofo (utilização de semente caseira ou pirata) sem o devido cuidado com o beneficiamento, e a sucessão com culturas suscetíveis (algodão, feijão, girassol) tornou essa doença um dos maiores problemas para a cultura da soja, no oeste da Bahia. No manejo do mofo branco, deve-se utilizar semente certificada, livre de escleródios e para isso o separador espiral torna-se um equipamento indispensável; tratamento de semente com fungicidas benzimidazóis + contato para evitar a introdução do fungo na forma de micélio dormente e aumentar o espaçamento, sempre que possível. Em janeiro de 2009 foi colocada em consulta pública a Portaria Nº 47 do MAPA. No caso da soja, foi proposto o padrão 0 (zero) para a presença de escleródios de Sclerotinia sclerotiorum, em 500 gramas de sementes (análise de pureza) para evitar a comercialização de lotes de sementes contaminados com escleródios e restringir assim sua disseminação para outras áreas de cultivo. Todavia, vale ressaltar que o fungo pode também ser disseminado via micélio dormente. Pesquisa realizada com sementes oriundas de um experimento de controle químico do mofo branco, em Itaiópolis, SC, onde a ocorrência da doença foi bastante significativa revelou que das 10.400 sementes incubadas, Sclerotinia sclerotiorum, foi observada em apenas oito sementes, após 21 dias de incubação a 18º C, indicando que a taxa de transmissão é extremamente baixa (< 0,1 %) . Vale ressaltar que o controle é facilmente obtido através do tratamento da semente com a mistura de fungicidas benzimidazóis + contato.