Melhoramento genético participativo: uma estratégia para os ambientes adversos do semi-árido nordestino.

Acreditando que o Melhoramento Genético Participativo (MGP) pode desempenhar um papel preponderante para promover a sustentabilidade de regiões semi-áridas, o presente estudo traz uma revisão da literatura atualizada sobre esta temática, com o objetivo de mostrar que os conhecimentos de seleção e de genética quantitativa podem e devem ser adequados às estratégias de seleção e ao melhoramento genético participativo de plantas, bem como demonstrar que os conceitos de herdabilidade e resposta à seleção são correlacionados aos ambientes nos quais foram estimados, e que o uso de modelos estatísticos adequados aumenta a possibilidade de efetuar a seleção de genótipos sem a perda da variância genética e da biodiversidade. A discussão se dá entrelaçada pela problemática instituída por um paradigma cartesiano que concebeu a separação entre ciências humanas e ciências exatas, concepção que bem se ilustra com o advento da Revolução Verde. Apontando as possíveis vantagens do MGP sobre o melhoramento convencional, nas considerações finais se tecem comentários sobre a necessária aproximação dos dois saberes para construção dos alicerces do desenvolvimento rural sustentável.

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Bibliographic Details
Main Authors: ARAÚJO, M. R. A. de, VASCONCELOS, H. E. M.
Other Authors: Marcelo Renato Alves de Araújo, Embrapa Caprinos (CNPC); Helenira Ellery M. Vasconcelos, Embrapa Agroindústria Tropical (CNPAT).
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2008-01-05
Subjects:Melhoramento participativo, Semi-árido, Região Nordeste, Brasil, Melhoramento genético vegetal, Agricultura familiar, Genética vegetal,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/533508
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Summary:Acreditando que o Melhoramento Genético Participativo (MGP) pode desempenhar um papel preponderante para promover a sustentabilidade de regiões semi-áridas, o presente estudo traz uma revisão da literatura atualizada sobre esta temática, com o objetivo de mostrar que os conhecimentos de seleção e de genética quantitativa podem e devem ser adequados às estratégias de seleção e ao melhoramento genético participativo de plantas, bem como demonstrar que os conceitos de herdabilidade e resposta à seleção são correlacionados aos ambientes nos quais foram estimados, e que o uso de modelos estatísticos adequados aumenta a possibilidade de efetuar a seleção de genótipos sem a perda da variância genética e da biodiversidade. A discussão se dá entrelaçada pela problemática instituída por um paradigma cartesiano que concebeu a separação entre ciências humanas e ciências exatas, concepção que bem se ilustra com o advento da Revolução Verde. Apontando as possíveis vantagens do MGP sobre o melhoramento convencional, nas considerações finais se tecem comentários sobre a necessária aproximação dos dois saberes para construção dos alicerces do desenvolvimento rural sustentável.