Uso da transferência de embriões como método de controle da artrite encefalite caprina a vírus (CAEV): resultados parciais.

0 experimento teve como objetivo utilizar a técnica de transferência de embriôes como instrumento de controle da CAEV num rebanho de alto padrão genético. Foram utilizadas sete cabras da raça Saanen soropositivas para o vírus da CAEV e três cabras mestiças soronegativas como doadoras e como receptoras, respectivamente. O diagnóstico da CAEV foi realizado através do teste de imonodifusão em gel de agarose, obtendo-se comprovação da soronegatividade das fêmeas após três repetiçôes com intervalo de seis meses. Doadoras e receptoras tiveram o estro sincronizado com esponjas vaginais (11 dias) impregnadas com 60 mg de acetato de medroxiprogesterona, sendo aplicado 50 mg de cloprostenol no nono dia da sincronização. No mesmo dia iniciou-se a superovulação das doadoras com 9 mg de FSH, sendo realizadas seis aplicações, em doses decrescentes, com intervalo de 12 horas. As doadoras foram cobertas com reprodutor Saanen soropositivo para o vírus da CAEV. As coletas de embriões foram realizadas por laparoscopia ou por laparotomia entre o quinto e o sexto dia após a última cobertura. Após a avaliação os embriões foram submetidos a lavagem em 10 banhos com PHS acrescido de 0,4% de BSA. As doadoras apresentaram um total de 147 corpos lúteos (taxa de ovulação média de 21,0), sendo recuperadas 62 estruturas (taxa de recuperação = 42,2%). No entanto, 49 estruturas eram ovocitos e 13 embriões. Estes eram morulas compactas sendo 11 viáveis. Cinco embriões foram criopreservados e seis foram inovulados, a fresco, em três receptoras. Uma cabra tornou-se prenhe vindo a parir dois cabritos (macho e fêmea). Foi realizada a coleta do sangue desta receptora e suas crias uma semana após o parto, e repetida nas crias após um mês. Todos os testes tiveram resultados negativos, indicando que até então não houve a produção de anticorpos contra o virus da CAEV. Os cabritos devem ser ainda testados com três e seis meses de idade e maior número de crias, oriundas de doadoras soropositivas e receptoras soronegativas deverão ser obtidas para que a possamos comprovar que a transferência de embriões é efetiva no controle da CAEV.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: ANDRIOLI, A., SALLES, H. O., PINHEIRO, R. R., SIMPLICIO, A. A., SOARES, A. T., MOURA SOBRINHO, P. A., SOARES, B. A., SANTA ROSA, M. R.
Other Authors: ALICE ANDRIOLI, CNPC
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2011-04-10T11:11:11Z
Subjects:Artrite encefalite caprina, CAEV, Controle., Caprino, Doença animal, Artrite, Transferência de embrião, Goats, Goat diseases, Animal diseases, Caprine arthritis encephalitis virus, Brazil., Disease control, Embryo transfer,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/514170
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:0 experimento teve como objetivo utilizar a técnica de transferência de embriôes como instrumento de controle da CAEV num rebanho de alto padrão genético. Foram utilizadas sete cabras da raça Saanen soropositivas para o vírus da CAEV e três cabras mestiças soronegativas como doadoras e como receptoras, respectivamente. O diagnóstico da CAEV foi realizado através do teste de imonodifusão em gel de agarose, obtendo-se comprovação da soronegatividade das fêmeas após três repetiçôes com intervalo de seis meses. Doadoras e receptoras tiveram o estro sincronizado com esponjas vaginais (11 dias) impregnadas com 60 mg de acetato de medroxiprogesterona, sendo aplicado 50 mg de cloprostenol no nono dia da sincronização. No mesmo dia iniciou-se a superovulação das doadoras com 9 mg de FSH, sendo realizadas seis aplicações, em doses decrescentes, com intervalo de 12 horas. As doadoras foram cobertas com reprodutor Saanen soropositivo para o vírus da CAEV. As coletas de embriões foram realizadas por laparoscopia ou por laparotomia entre o quinto e o sexto dia após a última cobertura. Após a avaliação os embriões foram submetidos a lavagem em 10 banhos com PHS acrescido de 0,4% de BSA. As doadoras apresentaram um total de 147 corpos lúteos (taxa de ovulação média de 21,0), sendo recuperadas 62 estruturas (taxa de recuperação = 42,2%). No entanto, 49 estruturas eram ovocitos e 13 embriões. Estes eram morulas compactas sendo 11 viáveis. Cinco embriões foram criopreservados e seis foram inovulados, a fresco, em três receptoras. Uma cabra tornou-se prenhe vindo a parir dois cabritos (macho e fêmea). Foi realizada a coleta do sangue desta receptora e suas crias uma semana após o parto, e repetida nas crias após um mês. Todos os testes tiveram resultados negativos, indicando que até então não houve a produção de anticorpos contra o virus da CAEV. Os cabritos devem ser ainda testados com três e seis meses de idade e maior número de crias, oriundas de doadoras soropositivas e receptoras soronegativas deverão ser obtidas para que a possamos comprovar que a transferência de embriões é efetiva no controle da CAEV.