Teste de germinação sob estresse hídrico na avaliação do potencial fisiológico das sementes de soja.

A maioria dos testes de vigor disponíveis para avaliação da qualidade das sementes de soja é baseada em métodos empíricos, de baixa precisão e associados com determinados atributos ou propriedades das sementes. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial fisiológico das sementes de soja por meio do teste de germinação sob estresse hídrico, bem como correlacionar os resultados dessa metodologia com os demais testes de vigor disponíveis para sementes da referida espécie. Para tanto, as sementes provenientes de dez lotes comerciais de soja, representados pelos cultivares BRS 133, BRS 134, BRS 155, BRS 184, Embrapa 48, BR 16, CD 202, CD 210, M-SOY 5942 e M-SOY 7501, foram avaliadas por meio dos testes de emergência em campo, de germinação (primeira contagem e contagem final), de envelhecimento acelerado, de frio modificado, de tetrazólio (1-3 e 1-5), de condutividade elétrica, de comprimento das plântulas, de biomassa seca das plântulas e de germinação sob estresse hídrico nos potenciais osmóticos de 0 (controle), -0,05, -0,1, -0,2, -0,4 e -0,6 MPa, induzidos por polietileno glicol (PEG 6000). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com oito repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância e de correlação. As médias foram comparadas por meio do método de agrupamento de Scott-Knott. O teste de germinação sob estresse hídrico apresentou grande potencial como teste de vigor para sementes de soja. Nos potenciais osmóticos de -0,05 e -0,1 MPa, independentemente da contagem realizada, apresentou correlação significativa com todos os demais testes avaliados, exceto com a biomassa seca. A avaliação realizada aos cinco dias após a semeadura no teste de germinação sob estresse hídrico parece ser a melhor opção, pois torna a avaliação mais fácil e, portanto, mais precisa do que aos três dias e mais rápida do que aos oito dias.

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Bibliographic Details
Main Authors: BRACCINI, A. L., SCHUAB, S. R. P., SCAPIM, C. A., FRANÇA-NETO, J. B.
Other Authors: JOSE DE BARROS FRANCA NETO, CNPSO.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2003-10-10
Subjects:Soja.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/465628
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Description
Summary:A maioria dos testes de vigor disponíveis para avaliação da qualidade das sementes de soja é baseada em métodos empíricos, de baixa precisão e associados com determinados atributos ou propriedades das sementes. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial fisiológico das sementes de soja por meio do teste de germinação sob estresse hídrico, bem como correlacionar os resultados dessa metodologia com os demais testes de vigor disponíveis para sementes da referida espécie. Para tanto, as sementes provenientes de dez lotes comerciais de soja, representados pelos cultivares BRS 133, BRS 134, BRS 155, BRS 184, Embrapa 48, BR 16, CD 202, CD 210, M-SOY 5942 e M-SOY 7501, foram avaliadas por meio dos testes de emergência em campo, de germinação (primeira contagem e contagem final), de envelhecimento acelerado, de frio modificado, de tetrazólio (1-3 e 1-5), de condutividade elétrica, de comprimento das plântulas, de biomassa seca das plântulas e de germinação sob estresse hídrico nos potenciais osmóticos de 0 (controle), -0,05, -0,1, -0,2, -0,4 e -0,6 MPa, induzidos por polietileno glicol (PEG 6000). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com oito repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância e de correlação. As médias foram comparadas por meio do método de agrupamento de Scott-Knott. O teste de germinação sob estresse hídrico apresentou grande potencial como teste de vigor para sementes de soja. Nos potenciais osmóticos de -0,05 e -0,1 MPa, independentemente da contagem realizada, apresentou correlação significativa com todos os demais testes avaliados, exceto com a biomassa seca. A avaliação realizada aos cinco dias após a semeadura no teste de germinação sob estresse hídrico parece ser a melhor opção, pois torna a avaliação mais fácil e, portanto, mais precisa do que aos três dias e mais rápida do que aos oito dias.