Aspectos anatômicos e do crescimento da pimenta longa (Piper hispidinervium C.DC.) em condições "in vitro" e "in vivo".
Uma das regiões de maior biodiversidade do planeta, a Amazônia, abriga inúmeras plantas detentoras de propriedades medicinais e/ou aromáticas disponíveis, embora a maioria seja pouco conhecida e ainda não pesquisada. Dentre as plantas aromáticas da Amazônia, destaca-se a pimenta longa (Piper hispidinervium C. DC. - Piperaceae), da família piperaceae, que apresenta espécies produtoras de óleo essencial, produtos vegetais separáveis por arraste a vapor d'água. A Piper hispidinervium apresenta, em seus órgãos vegetativos, idioblastos oleíferos que eliminam óleos essenciais denominados de safrol (fenil éter), líquido viscoso de aroma canforáceo usado para aromatiza cervejas e refrigerantes, como agente de fragrâncias em alguns produtos, incluindo ceras, sabões e desinfetantes e, ainda, como um inseticida leve, pouco tóxico e biodegradáver. O cultivo da pimenta longa poderá ser uma nova alternativa de produção, utilizando áreas que foram desmatadas e/ou degradadas. A utilização da cultura de tecidos para a propagação clonal de plantas tem sido aceita em numerosas áreas da agricultura comercial. Neste trabalho, a cultura de tecidos está direcionada para as mudanças morfológicas e anatômicas das estruturas internas ligadas ao processo de produtividade primária, durante o crescimento dos tecido vegetais propagados tanto "in vitro" como "in vivo". Objetivou-se avaliar o crescimento e as alterações sobre a estrutura organizacional dos tecidos dos órgãos vegetativos da pimenta longa submetidos a variações de doses de N e P "in vitro", assim como os efeitos das condições de cultivos sobre a anatomia foliar. Constatou-se que a eficiência estomática está estritamente relacionada com as condições de cultivo. As variações e combinações de doses de N(NH4NO3) e P(KH2PO4) do meio de cultura básico de MS causaram efeitos depressivos no crescimento da pimenta longa como também influenciaram na frequencia e abertura estomática, na composição das estruturas e superficies epidérmicas e nas estruturas dos sistemas vasculares variando as intensidades de células de amido.
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Format: | Teses biblioteca |
Language: | Portugues pt_BR |
Published: |
2003-08-29
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Subjects: | Cultura in vivo, Nutrição mineral, Piper hispidinervium, Anatomia Vegetal, Cultura de Tecido, Cultura In Vitro, Microscopia Eletrônica, Pimenta Longa, Planta Lenhosa, Tecido Vegetal, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/403969 |
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Summary: | Uma das regiões de maior biodiversidade do planeta, a Amazônia, abriga inúmeras plantas detentoras de propriedades medicinais e/ou aromáticas disponíveis, embora a maioria seja pouco conhecida e ainda não pesquisada. Dentre as plantas aromáticas da Amazônia, destaca-se a pimenta longa (Piper hispidinervium C. DC. - Piperaceae), da família piperaceae, que apresenta espécies produtoras de óleo essencial, produtos vegetais separáveis por arraste a vapor d'água. A Piper hispidinervium apresenta, em seus órgãos vegetativos, idioblastos oleíferos que eliminam óleos essenciais denominados de safrol (fenil éter), líquido viscoso de aroma canforáceo usado para aromatiza cervejas e refrigerantes, como agente de fragrâncias em alguns produtos, incluindo ceras, sabões e desinfetantes e, ainda, como um inseticida leve, pouco tóxico e biodegradáver. O cultivo da pimenta longa poderá ser uma nova alternativa de produção, utilizando áreas que foram desmatadas e/ou degradadas. A utilização da cultura de tecidos para a propagação clonal de plantas tem sido aceita em numerosas áreas da agricultura comercial. Neste trabalho, a cultura de tecidos está direcionada para as mudanças morfológicas e anatômicas das estruturas internas ligadas ao processo de produtividade primária, durante o crescimento dos tecido vegetais propagados tanto "in vitro" como "in vivo". Objetivou-se avaliar o crescimento e as alterações sobre a estrutura organizacional dos tecidos dos órgãos vegetativos da pimenta longa submetidos a variações de doses de N e P "in vitro", assim como os efeitos das condições de cultivos sobre a anatomia foliar. Constatou-se que a eficiência estomática está estritamente relacionada com as condições de cultivo. As variações e combinações de doses de N(NH4NO3) e P(KH2PO4) do meio de cultura básico de MS causaram efeitos depressivos no crescimento da pimenta longa como também influenciaram na frequencia e abertura estomática, na composição das estruturas e superficies epidérmicas e nas estruturas dos sistemas vasculares variando as intensidades de células de amido. |
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