Armazenamento de sementes de Sapuva (Machaerium stipitatum).

A sapuva (Machaerium stipitatum (DC.) Vog.), além de ser uma espécie com potencial de uso na recuperação de áreas degradadas, destaca-se pelas suas propriedades medicinais, pois é utilizada pelos índios na cura de feridas e infecções na boca (“sapinho”). Esta pesquisa teve como objetivo verificar o comportamento das suas sementes quando acondicionadas em sacos de papel (embalagem permeável) e armazenadas em condições normais de laboratório; em sacos de polietileno de 20m (embalagem semi-permeável) e câmara fria (4 ±1°C e 84%UR); em sacos de papel (embalagem permeável) e câmara seca (14 ±1°C e 38%UR); e em envelopes trifoliados de polietileno/alumínio/polietileno (embalagem impermeável) e câmara fria (4 ±1°C), visto ser o armazenamento prática necessária para garantir a demanda anual de sementes a programas de reflorestamento. O experimento foi casualizado em blocos, com 4 repetições de 50 sementes. O melhor tratamento correspondeu à combinação de uso das sementes acondicionadas em embalagens de polietileno (semipermeáveis) e colocadas em câmara fria, o que possibilitou a manutenção de 55,9% da germinação inicial de 54,5%, ao final dos 360 dias de armazenamento. O uso de envelopes trifoliados (impermeáveis) e câmara fria surge como uma alternativa que deve ser considerada pois manteve, aos 360 dias, em torno de 40% da germinação inicial. Não se recomenda a adoção de embalagem permeável em condições normais de laboratório ou em câmara seca para o armazenamento de sementes de sapuva além de 30 dias.

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Bibliographic Details
Main Authors: MEDEIROS, A. C. de S., ZANON, A.
Other Authors: MEDEIROS, Pesquisador da Embrapa Florestas.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2001-03-16
Subjects:Machaerium stipitatum, Sapuva, Especie florestal medicinal, Código Florestal, Seed conservation, Packing, Medicinal forest native., Conservação, Embalagem, Semente., storage.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/280590
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Description
Summary:A sapuva (Machaerium stipitatum (DC.) Vog.), além de ser uma espécie com potencial de uso na recuperação de áreas degradadas, destaca-se pelas suas propriedades medicinais, pois é utilizada pelos índios na cura de feridas e infecções na boca (“sapinho”). Esta pesquisa teve como objetivo verificar o comportamento das suas sementes quando acondicionadas em sacos de papel (embalagem permeável) e armazenadas em condições normais de laboratório; em sacos de polietileno de 20m (embalagem semi-permeável) e câmara fria (4 ±1°C e 84%UR); em sacos de papel (embalagem permeável) e câmara seca (14 ±1°C e 38%UR); e em envelopes trifoliados de polietileno/alumínio/polietileno (embalagem impermeável) e câmara fria (4 ±1°C), visto ser o armazenamento prática necessária para garantir a demanda anual de sementes a programas de reflorestamento. O experimento foi casualizado em blocos, com 4 repetições de 50 sementes. O melhor tratamento correspondeu à combinação de uso das sementes acondicionadas em embalagens de polietileno (semipermeáveis) e colocadas em câmara fria, o que possibilitou a manutenção de 55,9% da germinação inicial de 54,5%, ao final dos 360 dias de armazenamento. O uso de envelopes trifoliados (impermeáveis) e câmara fria surge como uma alternativa que deve ser considerada pois manteve, aos 360 dias, em torno de 40% da germinação inicial. Não se recomenda a adoção de embalagem permeável em condições normais de laboratório ou em câmara seca para o armazenamento de sementes de sapuva além de 30 dias.