Avaliação de plantas daninhas após cultivos de mandioca sob diferentes coberturas vegetais.

O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de espécies de plantas daninhas após cultivos de mandioca sob sistema de manejo convencional (SC) e sob preparo reduzido (plantio direto – PD), com utilização das coberturas de mucuna-cinza (Estizolobium cinereum Piper e Tracy), sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) e milheto (Pennisetum americanum L.). As avaliações foram realizadas no Município de Glória de Dourados, MS, num Argissolo Vermelho distrófico, de textura arenosa. O levantamento das plantas daninhas ocorreu após o ciclo da cultura da mandioca (18 meses), determinando-se as espécies e a densidade da comunidade infestante em cada sistema avaliado. Neste agroecossistema em estudo, constatou-se a presença de 16 espécies de plantas daninhas, dentre as quais se destacaram: Bidens pilosa (38%), Brachiaria decumbens (19%), Richardia brasiliensis (12%), Sida cordifolia (7%) e Commelina benghalensis (6%). A ocorrência destas espécies variou de acordo com o sistema de manejo. A menor densidade total de plantas daninhas ocorreu no sistema sob cobertura de mucuna (PD-Mu), com a dominância da espécie Sida cordifolia (40%). Entre os demais sistemas de manejo não foram detectadas diferenças significativas quanto ao número total de espécies daninhas. Embora a densidade de espécies de plantas daninhas tenha sido elevada no sistema sob cobertura de sorgo, verificou-se uma redução significativa na diversidade de espécies neste sistema, em comparação aos sistemas SC e sob cobertura de milheto (PD-Mi). De modo geral, os resultados indicaram que o sistema de manejo do solo em cultivos de mandioca influencia diretamente a densidade e diversidade de espécies de plantas daninhas

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Bibliographic Details
Main Authors: MERCANTE, F. M., SILVA, R. F. da, OTSUBO, A. A., MELHORANÇA, A. L.
Other Authors: Fábio Martins Mercante, Embrapa Agropecuária Oeste; Rogério Ferreira da Silva Bolsista Júnior pós-doutorado CNPq/Embrapa; Auro Akio Otsubo, Embrapa Agropecuária Oeste; André Luiz Melhorança, Embrapa Agropecuária Oeste.
Format: Artigo de periódico biblioteca
Language:por
Published: 2008-01-29
Subjects:Mandioca, Manejo do Solo, Cobertura do Solo,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/253916
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Summary:O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de espécies de plantas daninhas após cultivos de mandioca sob sistema de manejo convencional (SC) e sob preparo reduzido (plantio direto – PD), com utilização das coberturas de mucuna-cinza (Estizolobium cinereum Piper e Tracy), sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) e milheto (Pennisetum americanum L.). As avaliações foram realizadas no Município de Glória de Dourados, MS, num Argissolo Vermelho distrófico, de textura arenosa. O levantamento das plantas daninhas ocorreu após o ciclo da cultura da mandioca (18 meses), determinando-se as espécies e a densidade da comunidade infestante em cada sistema avaliado. Neste agroecossistema em estudo, constatou-se a presença de 16 espécies de plantas daninhas, dentre as quais se destacaram: Bidens pilosa (38%), Brachiaria decumbens (19%), Richardia brasiliensis (12%), Sida cordifolia (7%) e Commelina benghalensis (6%). A ocorrência destas espécies variou de acordo com o sistema de manejo. A menor densidade total de plantas daninhas ocorreu no sistema sob cobertura de mucuna (PD-Mu), com a dominância da espécie Sida cordifolia (40%). Entre os demais sistemas de manejo não foram detectadas diferenças significativas quanto ao número total de espécies daninhas. Embora a densidade de espécies de plantas daninhas tenha sido elevada no sistema sob cobertura de sorgo, verificou-se uma redução significativa na diversidade de espécies neste sistema, em comparação aos sistemas SC e sob cobertura de milheto (PD-Mi). De modo geral, os resultados indicaram que o sistema de manejo do solo em cultivos de mandioca influencia diretamente a densidade e diversidade de espécies de plantas daninhas