Aspectos de risco e impacto ambiental dos agentes microbianos.

Recentemente se observa que os procedimentos para controle de pragas estão mudando no mundo todo, com velocidade maior ou menor dependendo do estágio de desenvolvimento econômico e social de cada país. Vários fatores fazem esta mudança inevitável, entre eles o custo elevado para se desenvolver novas moléculas químicas, o aumento do rigor na legislação de alguns países quanto a presença de resíduos químicos em alimentos, e a preocupação do publico quanto a efeitos adversos dos pesticidas químicos. Assim, o numero de novos produtos químicos no mercado diminuiu ao longo dos últimos anos. Por outro lado e crescente a necessidade de novos produtos ou formas de controle, motivada pelo aparecimento de resistência de pragas a pesticidas químicos e pelo surgimento de novas pragas. E este desbalanceamento entre a necessidade e a disponibilidade de alternativas e que tem impulsionado o desenvolvimentos de técnicas que podemos denominar, de forma geral, de "biológicas": controle biológico clássico, que envolve principalmente a utilização de inimigos naturais; controle microbiano, que utiliza microrganismos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), formulados ou não, capazes de causar doenças em insetos ou prevenir o estabelecimento de microrganismos causadores de doenças em plantas; modificadores de comportamento da praga, que exploram comportamentos específicos das pragas de forma a confundi-las ou altera-las, conseguindo assim o seu controle (ex. feromônios); manipulação genética: técnica esta que tem seu alcance pela interferência na reprodução do inseto, na imunização da planta ao ataque de insetos selecionados ou no aumento da atividade microbiana de controle da praga. Entretanto, qualquer que seja a técnica biológica utilizada para uso no controle de pragas, ela não será livre de risco.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: CAPALBO, D. M. F., NARDO, E. A. B. de
Other Authors: DEISE MARIA FONTANA CAPALBO, CNPMA.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
pt_BR
Published: 1998-06-02
Subjects:Toxicidade, Análise de Risco, Biossegurança, Controle Biológico, Impacto Ambiental, Meio Ambiente,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/12919
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Recentemente se observa que os procedimentos para controle de pragas estão mudando no mundo todo, com velocidade maior ou menor dependendo do estágio de desenvolvimento econômico e social de cada país. Vários fatores fazem esta mudança inevitável, entre eles o custo elevado para se desenvolver novas moléculas químicas, o aumento do rigor na legislação de alguns países quanto a presença de resíduos químicos em alimentos, e a preocupação do publico quanto a efeitos adversos dos pesticidas químicos. Assim, o numero de novos produtos químicos no mercado diminuiu ao longo dos últimos anos. Por outro lado e crescente a necessidade de novos produtos ou formas de controle, motivada pelo aparecimento de resistência de pragas a pesticidas químicos e pelo surgimento de novas pragas. E este desbalanceamento entre a necessidade e a disponibilidade de alternativas e que tem impulsionado o desenvolvimentos de técnicas que podemos denominar, de forma geral, de "biológicas": controle biológico clássico, que envolve principalmente a utilização de inimigos naturais; controle microbiano, que utiliza microrganismos (vírus, bactérias, fungos e protozoários), formulados ou não, capazes de causar doenças em insetos ou prevenir o estabelecimento de microrganismos causadores de doenças em plantas; modificadores de comportamento da praga, que exploram comportamentos específicos das pragas de forma a confundi-las ou altera-las, conseguindo assim o seu controle (ex. feromônios); manipulação genética: técnica esta que tem seu alcance pela interferência na reprodução do inseto, na imunização da planta ao ataque de insetos selecionados ou no aumento da atividade microbiana de controle da praga. Entretanto, qualquer que seja a técnica biológica utilizada para uso no controle de pragas, ela não será livre de risco.