Análise da qualidade da luz sobre o desenvolvimento das características vegetais do camapu (Physalis angulata) cultivado in vitro.
O uso de LEDs, como fonte de radiação no cultivo de plantas, tem despertado considerável interesse nos últimos anos, por estes também possuírem vasto potencial para a aplicação comercial. A espécie Physalis angulata L. (Solanaceae A.Juss.) é uma planta com grande importância na medicina popular pelas suas diversas propriedades terapêuticas e pela produção de compostos ativos sendo utilizada como antimicrobiana, antiparasitária, anti-inflamatória, antimalárica, antileishmania, antiasmático, imunomoduladora, antidiabética, antitumoral, entre outras. Essa planta também tem o nome popular de Camapu. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes comprimentos de luz LED sobre o desenvolvimento in vitro dessa espécie. O estudo, conduzido no Laboratório de Biotecnologia e Recursos Genéticos da Embrapa Amazônia Oriental, utilizou explantes de plantas micropropagadas in vitro. Os explantes (segmento nodal), medindo aproximadamente 1 cm, foram inoculados em frascos de 250 mL contendo 30 mL de meio MS (Murashige e Skoog, 1962). Os meios foram suplementados com sacarose (30,0 g.L-1), o pH foi ajustado a 5,7 ± 0,1 e em seguida gelificados com ‘Phytagel’ (3,0 g.L-1). Após a inoculação, os frascos foram acondicionados em uma sala com temperatura de 25 ± 1°C em 4 diferentes comprimentos de onda: LED branca: tratamento 1: 26 μmol.m-2.s-1, LED verde: tratamento 2: 15 μmol.m-2.s-1, LED azul: tratamento 3: 23 μmol.m-2.s-1, LED amarelo: tratamento 4: 13 μmol.m-2.s-1. O fotoperíodo foi de 12 horas/dia. Durante 120 dias, as alturas das plântulas e o número de brotos foram mensalmente avaliados. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC). A diferença das amostras foi calculada com a utilização do software BioEstat versão 5.3. Na avaliação de 30 dias, não houve diferença estatística na altura média das plântulas entre os tratamentos, para 60 dias ocorreu diferença estatística se destacando o tratamento branco, para 90 dias se uniformizou novamente os tratamentos e para 120 dias não existiu diferença estatística apesar dos maiores valores de altura serem os encontrado para os tratamentos verde (7,44 cm), amarelo (7,38 cm) e azul (7,11 cm). Quanto ao número médio de brotos ao final de 120 dias os tratamentos de melhor desempenho foram os tratamentos branco e verde. Na avaliação de 30 e 60 dias ocorreu diferença estatística se destacando o branco e o verde com médias respectivas de 9,75 brotos e 9,08 brotos. Para os teores de clorofila e carotenoides, os diferentes comprimentos de onda influenciaram esses parâmetros. Conclui-se que os tratamentos branco e verde tiveram os melhores resultados para as variáveis altura, brotação, clorofila e carotenoides.
Main Authors: | , , , , , , |
---|---|
Other Authors: | |
Format: | Artigo de periódico biblioteca |
Language: | por |
Published: |
2024-08-14
|
Subjects: | Cultura In Vitro, Planta Medicinal, Biotecnologia, Cultura de Célula, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1166536 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: | O uso de LEDs, como fonte de radiação no cultivo de plantas, tem despertado considerável interesse nos últimos anos, por estes também possuírem vasto potencial para a aplicação comercial. A espécie Physalis angulata L. (Solanaceae A.Juss.) é uma planta com grande importância na medicina popular pelas suas diversas propriedades terapêuticas e pela produção de compostos ativos sendo utilizada como antimicrobiana, antiparasitária, anti-inflamatória, antimalárica, antileishmania, antiasmático, imunomoduladora, antidiabética, antitumoral, entre outras. Essa planta também tem o nome popular de Camapu. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes comprimentos de luz LED sobre o desenvolvimento in vitro dessa espécie. O estudo, conduzido no Laboratório de Biotecnologia e Recursos Genéticos da Embrapa Amazônia Oriental, utilizou explantes de plantas micropropagadas in vitro. Os explantes (segmento nodal), medindo aproximadamente 1 cm, foram inoculados em frascos de 250 mL contendo 30 mL de meio MS (Murashige e Skoog, 1962). Os meios foram suplementados com sacarose (30,0 g.L-1), o pH foi ajustado a 5,7 ± 0,1 e em seguida gelificados com ‘Phytagel’ (3,0 g.L-1). Após a inoculação, os frascos foram acondicionados em uma sala com temperatura de 25 ± 1°C em 4 diferentes comprimentos de onda: LED branca: tratamento 1: 26 μmol.m-2.s-1, LED verde: tratamento 2: 15 μmol.m-2.s-1, LED azul: tratamento 3: 23 μmol.m-2.s-1, LED amarelo: tratamento 4: 13 μmol.m-2.s-1. O fotoperíodo foi de 12 horas/dia. Durante 120 dias, as alturas das plântulas e o número de brotos foram mensalmente avaliados. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC). A diferença das amostras foi calculada com a utilização do software BioEstat versão 5.3. Na avaliação de 30 dias, não houve diferença estatística na altura média das plântulas entre os tratamentos, para 60 dias ocorreu diferença estatística se destacando o tratamento branco, para 90 dias se uniformizou novamente os tratamentos e para 120 dias não existiu diferença estatística apesar dos maiores valores de altura serem os encontrado para os tratamentos verde (7,44 cm), amarelo (7,38 cm) e azul (7,11 cm). Quanto ao número médio de brotos ao final de 120 dias os tratamentos de melhor desempenho foram os tratamentos branco e verde. Na avaliação de 30 e 60 dias ocorreu diferença estatística se destacando o branco e o verde com médias respectivas de 9,75 brotos e 9,08 brotos. Para os teores de clorofila e carotenoides, os diferentes comprimentos de onda influenciaram esses parâmetros. Conclui-se que os tratamentos branco e verde tiveram os melhores resultados para as variáveis altura, brotação, clorofila e carotenoides. |
---|