Avaliação de genótipos de maracujazeiro-amarelo na região de Araguari/MG.
O maracujá é originário da América Tropical e pertence à família Passifloraceae, e ao gênero Passiflora. Apesar de possuir um grande número de espécies, os cultivos comercias baseiam-se na espécie Passiflora edulis f. flavicarpa conhecida como maracujá-amarelo. Mesmo com a liderança brasileira na produção mundial, verifica-se a escassez de variedades e híbridos horticulturais definidos com potencial superior e uma consequente falta de sementes comerciais. No Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento existem atualmente apenas cinco registros para P. edulis, entre cultivares e híbridos, sendo um roxo e quatro amarelos. Existem também algumas seleções e híbridos já caracterizados e em fase de registro. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de genótipos de maracujá-amarelo na região do Triângulo Mineiro. O ensaio foi instalado no município de Araguari/MG em fevereiro de 2004, em área de produtor fornecedor da Kraft Foods Brasil S/A. O ensaio foi conduzido sem irrigação e com polinização artificial. Foram estudados os genótipos Roxo (T1), FB 200 (T2), FB 100 (T3), IAC 275 (T4) e IAC 277 (T5), sendo os materiais IAC 275 e 277 híbridos obtidos pelo Instituto Agronômico e FB 100 e FB 200 materiais obtidos pelo Viveiro Flora Brasil por seleções locais (FB 100) e por hibridações (FB 200). As características avaliadas foram no de flores, sólidos solúveis totais (%) e produtividade (kg/ha). O período de colheita foi de dezembro de 2004 a agosto de 2005. Com relação ao número médio de flores na primeira florada não houve diferenças significativas entre os tratamentos obtendo-se as seguintes médias: T1 (100,8), T2 (114,6), T3 (118,8), T4 (115) e T5 (112,4). Também não houve diferenças significativas para o teor de sólidos solúveis: T1(14,9), T2 (14,4), T3 (15,2), T4 (14,7) e T5 (14,3) e produtividade: T1 (56.386), T2 (59.955), T3 (58.899), T4 (57.749) e T5 (59.798). Os resultados obtidos permitem concluir que os cinco genótipos não diferiram entre si para as características estudadas, atingiram o padrão de qualidade necessário e podem ser indicados para cultivos comerciais na região de Araguari.
Main Authors: | , , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Resumo em anais e proceedings biblioteca |
Language: | por |
Published: |
2024-07-11
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Subjects: | Análise, Genótipo, Maracujá, Passiflora Edulis Flavicarpa, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1165721 |
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Summary: | O maracujá é originário da América Tropical e pertence à família Passifloraceae, e ao gênero Passiflora. Apesar de possuir um grande número de espécies, os cultivos comercias baseiam-se na espécie Passiflora edulis f. flavicarpa conhecida como maracujá-amarelo. Mesmo com a liderança brasileira na produção mundial, verifica-se a escassez de variedades e híbridos horticulturais definidos com potencial superior e uma consequente falta de sementes comerciais. No Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento existem atualmente apenas cinco registros para P. edulis, entre cultivares e híbridos, sendo um roxo e quatro amarelos. Existem também algumas seleções e híbridos já caracterizados e em fase de registro. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de genótipos de maracujá-amarelo na região do Triângulo Mineiro. O ensaio foi instalado no município de Araguari/MG em fevereiro de 2004, em área de produtor fornecedor da Kraft Foods Brasil S/A. O ensaio foi conduzido sem irrigação e com polinização artificial. Foram estudados os genótipos Roxo (T1), FB 200 (T2), FB 100 (T3), IAC 275 (T4) e IAC 277 (T5), sendo os materiais IAC 275 e 277 híbridos obtidos pelo Instituto Agronômico e FB 100 e FB 200 materiais obtidos pelo Viveiro Flora Brasil por seleções locais (FB 100) e por hibridações (FB 200). As características avaliadas foram no de flores, sólidos solúveis totais (%) e produtividade (kg/ha). O período de colheita foi de dezembro de 2004 a agosto de 2005. Com relação ao número médio de flores na primeira florada não houve diferenças significativas entre os tratamentos obtendo-se as seguintes médias: T1 (100,8), T2 (114,6), T3 (118,8), T4 (115) e T5 (112,4). Também não houve diferenças significativas para o teor de sólidos solúveis: T1(14,9), T2 (14,4), T3 (15,2), T4 (14,7) e T5 (14,3) e produtividade: T1 (56.386), T2 (59.955), T3 (58.899), T4 (57.749) e T5 (59.798). Os resultados obtidos permitem concluir que os cinco genótipos não diferiram entre si para as características estudadas, atingiram o padrão de qualidade necessário e podem ser indicados para cultivos comerciais na região de Araguari. |
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