Encapsulamento e estabilização de colorantes microbianos utilizando matrizes de maltodextrina e quitosana.

Resumo: Os consumidores estão cada vez mais atentos à composição de seus produtos devido a preocupações com a saúde e o meio ambiente. Por isso, as indústrias estão substituindo aditivos sintéticos, como colorantes, por alternativas naturais. No entanto, colorantes naturais são mais caros e menos estáveis do que seus equivalentes sintéticos, criando problemas para suas aplicações industriais. Para encontrar formulações que aumentem a estabilidade de colorantes naturais, este trabalho avaliou os efeitos nas propriedades colorimétricas e fluorométrica de colorantes microbianos encapsulados em matrizes de quitosana e maltodextrina. Para tanto, os colorantes encapsulados foram expostos a diferentes temperaturas (25 e 65 °C), acidez (pH 2) e alcalinidade (pH 13). O extrato de Talaromyces amestolkiae utilizado neste estudo apresenta três cromóforos (dois amareloalaranjado e um vermelho). O encapsulamento com quitosana e maltodextrina diminuiu o comprimento de onda máximo do pico vermelho, mas aumentou a intensidade dos cromóforos amarelo-alaranjados. Embora os colorantes encapsulados e livres tenham mantido suas propriedades após cinco dias a 25 °C, os livres perderam a maior parte de sua absorbância para os cromóforos amarelo-alaranjado e vermelho pelo mesmo período a 65 °C. No entanto, os colorantes encapsulados perderam apenas 25% de sua absorbância no pico vermelho após cinco dias e até 35 % após 25 dias a 65 °C. O encapsulamento também preservou parcialmente a absorbância dos colorantes vermelhos em pH ácido. Por outro lado, apenas a matriz de maltodextrina melhorou sua resistência ao pH alcalino. Portanto, o encapsulamento com maltodextrina e quitosana pode preservar as propriedades colorimétricas de colorantes naturais microbianos e potencialmente ser uma alternativa para auxiliar no desenvolvimento de embalagens de alimentos funcionais e sustentáveis.

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Bibliographic Details
Main Authors: VERÍSSIMO, N. V. P., GALVÁN, K. L. P., SILVA, J. B. A. da, SOUZA, C. O. de, BIASOTO, A. C. T., SANTOS-EBINUMA, V. de C.
Other Authors: NATHALIA VIEIRA PORPHÍRIO VERÍSSIMO, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA; K L P GALVÁN, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; J B A DA SILVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA; C O DE SOUZA, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; ALINE TELLES BIASOTO MARQUES, CNPMA; VALÉRIA DE CARVALHO SANTOS-EBINUMA, UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA.
Format: Artigo em anais e proceedings biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: 2024-01-08
Subjects:Colantes naturais, Colorantes naturais, Aditivo, Alimento, Food coloring, Encapsulation,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1160558
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Summary:Resumo: Os consumidores estão cada vez mais atentos à composição de seus produtos devido a preocupações com a saúde e o meio ambiente. Por isso, as indústrias estão substituindo aditivos sintéticos, como colorantes, por alternativas naturais. No entanto, colorantes naturais são mais caros e menos estáveis do que seus equivalentes sintéticos, criando problemas para suas aplicações industriais. Para encontrar formulações que aumentem a estabilidade de colorantes naturais, este trabalho avaliou os efeitos nas propriedades colorimétricas e fluorométrica de colorantes microbianos encapsulados em matrizes de quitosana e maltodextrina. Para tanto, os colorantes encapsulados foram expostos a diferentes temperaturas (25 e 65 °C), acidez (pH 2) e alcalinidade (pH 13). O extrato de Talaromyces amestolkiae utilizado neste estudo apresenta três cromóforos (dois amareloalaranjado e um vermelho). O encapsulamento com quitosana e maltodextrina diminuiu o comprimento de onda máximo do pico vermelho, mas aumentou a intensidade dos cromóforos amarelo-alaranjados. Embora os colorantes encapsulados e livres tenham mantido suas propriedades após cinco dias a 25 °C, os livres perderam a maior parte de sua absorbância para os cromóforos amarelo-alaranjado e vermelho pelo mesmo período a 65 °C. No entanto, os colorantes encapsulados perderam apenas 25% de sua absorbância no pico vermelho após cinco dias e até 35 % após 25 dias a 65 °C. O encapsulamento também preservou parcialmente a absorbância dos colorantes vermelhos em pH ácido. Por outro lado, apenas a matriz de maltodextrina melhorou sua resistência ao pH alcalino. Portanto, o encapsulamento com maltodextrina e quitosana pode preservar as propriedades colorimétricas de colorantes naturais microbianos e potencialmente ser uma alternativa para auxiliar no desenvolvimento de embalagens de alimentos funcionais e sustentáveis.