Sensibilidade da soja não tolerante ao herbicida dicamba quando submetida a doses reduzidas do produto.

A possibilidade de deriva do herbicida Dicamba para áreas com culturas sensíveis, vem causando preocupação a produtores e técnicos. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de doses reduzidas do Dicamba em soja não tolerante. A pesquisa foi conduzida na Embrapa Soja em Londrina, Paraná. O Dicamba foi aplicado sobre a soja não tolerante, simulando uma situação de deriva, em dois estágios de desenvolvimento, sendo o primeiro no estágio V3 / V4, e o segundo no R1/R2. As doses utilizadas foram; 0,00; 0,02; 0,04; 0,08; 0,15; 0,30; 0,60; 1,20; 2,40; e 4,80 g ae ha-1 ou seja, variando de 0 a 1 % da dose recomendada (480,00 g ae ha-1). Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas ao teste de Tukey a 5%. A interpretação conjunta dos dados demonstra que dependendo da dose e do momento em que ocorre o contato do produto com a soja, pode resultar em elevada fitointoxicação e alteração de alguns dos parâmetros avaliados. Tanto em V3 como em R1 houve diminuição na altura de planta e da haste principal e no número de vagens por haste, nesse caso mais em R1. O número de ramificações aumentou nas duas épocas. Por outro lado, o uso da maior dose ocasionou aumento no número de vagem por planta (v/p) em V3 com 56,3 (v/p), mas não variou em R1 com 38,4 n(v/p). E em relação ao número de sementes por vagem, quando aplicado em V3 (não foi constatada diferença entre a testemunha e os tratamentos. No entanto, em R1 constatou-se redução deste parâmetro para 1,71 na maior dose. As diferenças de produtividade não foram significativas em V3, mas foram em R1. A soja é altamente sensível ao Dicamba e mostrou um impacto visual muito agressivo nas avaliações de fitotoxicidade. No entanto, pode apresentar capacidade de recuperação caso o contato com o produto ocorra no estádio vegetativo V3, enquanto no estádio reprodutivo R1 possibilidade de recuperação é menor.

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Bibliographic Details
Main Authors: GAZZIERO, D. L. P., CERDEIRA, A. L., BARROSO, A. A. M., ADEGAS, F. S., SILVA, A. F. da, KARAM, D.
Other Authors: DIONISIO LUIZ PISA GAZZIERO, CNPSO; ANTONIO LUIZ CERDEIRA, CNPMA; ARTHUR ARROBAS MARTINS BARROSO, UFPR; FERNANDO STORNIOLO ADEGAS, CNPSO; ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA, CNPMS; DECIO KARAM, CNPMS.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:Portugues
pt_BR
Published: In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOJA, 9., 2022, Foz do Iguaçu. Desafios para a produtividade sustentável no Mercosul: resumos. Brasília, DF: Embrapa, 2022. 2023-01-05
Subjects:Deriva, DGMA., Soja, Fitotoxicidade, Herbicida Hormonal., Dicamba,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1150654
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Description
Summary:A possibilidade de deriva do herbicida Dicamba para áreas com culturas sensíveis, vem causando preocupação a produtores e técnicos. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de doses reduzidas do Dicamba em soja não tolerante. A pesquisa foi conduzida na Embrapa Soja em Londrina, Paraná. O Dicamba foi aplicado sobre a soja não tolerante, simulando uma situação de deriva, em dois estágios de desenvolvimento, sendo o primeiro no estágio V3 / V4, e o segundo no R1/R2. As doses utilizadas foram; 0,00; 0,02; 0,04; 0,08; 0,15; 0,30; 0,60; 1,20; 2,40; e 4,80 g ae ha-1 ou seja, variando de 0 a 1 % da dose recomendada (480,00 g ae ha-1). Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas ao teste de Tukey a 5%. A interpretação conjunta dos dados demonstra que dependendo da dose e do momento em que ocorre o contato do produto com a soja, pode resultar em elevada fitointoxicação e alteração de alguns dos parâmetros avaliados. Tanto em V3 como em R1 houve diminuição na altura de planta e da haste principal e no número de vagens por haste, nesse caso mais em R1. O número de ramificações aumentou nas duas épocas. Por outro lado, o uso da maior dose ocasionou aumento no número de vagem por planta (v/p) em V3 com 56,3 (v/p), mas não variou em R1 com 38,4 n(v/p). E em relação ao número de sementes por vagem, quando aplicado em V3 (não foi constatada diferença entre a testemunha e os tratamentos. No entanto, em R1 constatou-se redução deste parâmetro para 1,71 na maior dose. As diferenças de produtividade não foram significativas em V3, mas foram em R1. A soja é altamente sensível ao Dicamba e mostrou um impacto visual muito agressivo nas avaliações de fitotoxicidade. No entanto, pode apresentar capacidade de recuperação caso o contato com o produto ocorra no estádio vegetativo V3, enquanto no estádio reprodutivo R1 possibilidade de recuperação é menor.