Efeito dos sistemas integrados de produção e do estádio fenológico da soja nas comunidades bacterianas do solo.
O crescimento e a produtividade vegetal dependem da interação das raízes com os microrganismos do solo para disponibilidade de nutrientes, promoção de crescimento e proteção contra patógenos. O conhecimento acerca de como o desenvolvimento vegetal e o sistema de produção ao qual a planta está inserida influenciam a estruturação das comunidades bacterianas ainda é limitado. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar a estrutura das comunidades bacterianas do solo na linha e entrelinha nos estádios fenológicos V6, V8, R1, R3, R4, R5, R6, R7 da soja cultivada em sistemas de produção Exclusivo e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Os sistemas avaliados foram conduzidos na Fazenda Experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT. As amostras de solo foram coletadas da camada de 0 cm - 10 cm da entrelinha e da linha de semeadura da soja nos estádios supracitados nos dois sistemas avaliados. O DNA total das amostras foi extraído por meio do kit Power Soil® DNA isolation, seguida pela amplificação das regiões V4-V5 do gene 16S rRNA e sequenciamento pela plataforma Illumina Miseq. Os dados foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis a 10% e à uma análise de componentes principais (PCA). O filo das Proteobacterias foi o mais abundante em todos os estádios fenológicos da linha e entrelinha dos sistemas (~38,2%) seguido por Actinobacteria (~16%) e Acidobacteria (~11,5%). A PCA mostrou uma separação dos estádios iniciais (V6, V8 e R1) em relação aos demais estádios no segundo eixo principal (variação de 22,03%). Além disso, houve um padrão de agrupamento entre a linha e entrelinha dos mesmos estádios. Isso revela que a maior fonte de variação nas comunidades bacterianas nos estádios é o crescimento vegetal e os estádios fenológicos modulam a estrutura das comunidades bacterianas tanto na linha quanto na entrelinha. Ao avaliar a diversidade baseada no índice de Shannon, os estádios fenológicos não apresentaram diferença entre si (p > 0,1). No entanto, ao avaliar linha e entrelinha, as maiores quantidades de unidades taxonômicas operacionais (OTUs) foram encontradas na linha do Exclusivo (1.052 OTUs) tendo como consequência um aumento significativo de diversidade (p < 0,1). Desta forma, este estudo indica que os estádios fenológicos modulam a estrutura das comunidades bacterianas na linha e entrelinha. No entanto, o sistema é o principal fator na composição das comunidades uma vez que influencia a riqueza e diversidade.
Main Authors: | , , |
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Other Authors: | |
Format: | Anais e Proceedings de eventos biblioteca |
Language: | Portugues pt_BR |
Published: |
2022-01-07
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Subjects: | Entrelinha, Comunidade bacteriana, Sinop-MT, Sistema integrado de produção, ILPF, Integração lavoura-pecuária-floresta, Bactéria, Sistema de Produção, Soja, Solo, Monocultura, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1138861 |
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Summary: | O crescimento e a produtividade vegetal dependem da interação das raízes com os microrganismos do solo para disponibilidade de nutrientes, promoção de crescimento e proteção contra patógenos. O conhecimento acerca de como o desenvolvimento vegetal e o sistema de produção ao qual a planta está inserida influenciam a estruturação das comunidades bacterianas ainda é limitado. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar a estrutura das comunidades bacterianas do solo na linha e entrelinha nos estádios fenológicos V6, V8, R1, R3, R4, R5, R6, R7 da soja cultivada em sistemas de produção Exclusivo e de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Os sistemas avaliados foram conduzidos na Fazenda Experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, Sinop, MT. As amostras de solo foram coletadas da camada de 0 cm - 10 cm da entrelinha e da linha de semeadura da soja nos estádios supracitados nos dois sistemas avaliados. O DNA total das amostras foi extraído por meio do kit Power Soil® DNA isolation, seguida pela amplificação das regiões V4-V5 do gene 16S rRNA e sequenciamento pela plataforma Illumina Miseq. Os dados foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis a 10% e à uma análise de componentes principais (PCA). O filo das Proteobacterias foi o mais abundante em todos os estádios fenológicos da linha e entrelinha dos sistemas (~38,2%) seguido por Actinobacteria (~16%) e Acidobacteria (~11,5%). A PCA mostrou uma separação dos estádios iniciais (V6, V8 e R1) em relação aos demais estádios no segundo eixo principal (variação de 22,03%). Além disso, houve um padrão de agrupamento entre a linha e entrelinha dos mesmos estádios. Isso revela que a maior fonte de variação nas comunidades bacterianas nos estádios é o crescimento vegetal e os estádios fenológicos modulam a estrutura das comunidades bacterianas tanto na linha quanto na entrelinha. Ao avaliar a diversidade baseada no índice de Shannon, os estádios fenológicos não apresentaram diferença entre si (p > 0,1). No entanto, ao avaliar linha e entrelinha, as maiores quantidades de unidades taxonômicas operacionais (OTUs) foram encontradas na linha do Exclusivo (1.052 OTUs) tendo como consequência um aumento significativo de diversidade (p < 0,1). Desta forma, este estudo indica que os estádios fenológicos modulam a estrutura das comunidades bacterianas na linha e entrelinha. No entanto, o sistema é o principal fator na composição das comunidades uma vez que influencia a riqueza e diversidade. |
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