Estudo e desenvolvimento de nanocompósitos como revestimento para a liberação controlada de fertilizantes.
Estima-se que até o ano de 2050 a população mundial será de 9 bilhões de pessoas, havendo um aumento na demanda e produção de alimentos, bem como maior uso do solo e consumo de fertilizantes. No entanto, os fertilizantes apresentam perdas significativas, tais como lixiviação, volatilização de amônia e/ou imobilização no solo, podendo atingir até 50% de perda em relação à quantidade aplicada. Como estratégia para minimizar essas perdas, destacam-se o uso de matrizes poliméricas como revestimento de fertilizantes, possibilitando uma liberação controlada dos nutrientes. A liberação controlada permite sincronizar a disponibilidade do nutriente com a demanda da planta, assim como reduz custos devido a excessivas aplicações. Para maximizar a efetividade dessa estratégia, o polímero formado deve ser capaz de controlar a difusão das espécies solúveis do fertilizante através de sua estrutura, permitindo que a barreira assuma um papel ativo e não somente a de um obstáculo físico. Além disso, nanoargilas finamente dispersas (na forma de nanocompósitos) poderiam atuar como barreiras difusionais internas, reduzindo a espessura necessária para efetivo controle. Portanto, o projeto estudou e desenvolveu nanocompósitos a partir da dispersão de montmorilonita em uma matriz de poliuretana (PU) à base de óleo de mamona, visando controlar a liberação de grânulos comerciais de ureia e monoamônio fosfato (MAP). Os resultados revelaram que o uso de nanocompósitos de PU à base de montmorilonita reduziu significativamente a taxa de liberação de nitrogênio, devido à propriedade catiônica do argilomineral. Por outro lado, não se observou o mesmo efeito para a liberação de fósforo, uma vez que a montmorilonita apresenta afinidade por cátions, sendo o MAP solubilizado em íons fosfatos (ânions).
Main Authors: | , , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Anais e Proceedings de eventos biblioteca |
Language: | Portugues pt_BR |
Published: |
2021-10-13
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Subjects: | Uso do solo, Matrizes poliméricas, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1135267 |
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Summary: | Estima-se que até o ano de 2050 a população mundial será de 9 bilhões de pessoas, havendo um aumento na demanda e produção de alimentos, bem como maior uso do solo e consumo de fertilizantes. No entanto, os fertilizantes apresentam perdas significativas, tais como lixiviação, volatilização de amônia e/ou imobilização no solo, podendo atingir até 50% de perda em relação à quantidade aplicada. Como estratégia para minimizar essas perdas, destacam-se o uso de matrizes poliméricas como revestimento de fertilizantes, possibilitando uma liberação controlada dos nutrientes. A liberação controlada permite sincronizar a disponibilidade do nutriente com a demanda da planta, assim como reduz custos devido a excessivas aplicações. Para maximizar a efetividade dessa estratégia, o polímero formado deve ser capaz de controlar a difusão das espécies solúveis do fertilizante através de sua estrutura, permitindo que a barreira assuma um papel ativo e não somente a de um obstáculo físico. Além disso, nanoargilas finamente dispersas (na forma de nanocompósitos) poderiam atuar como barreiras difusionais internas, reduzindo a espessura necessária para efetivo controle. Portanto, o projeto estudou e desenvolveu nanocompósitos a partir da dispersão de montmorilonita em uma matriz de poliuretana (PU) à base de óleo de mamona, visando controlar a liberação de grânulos comerciais de ureia e monoamônio fosfato (MAP). Os resultados revelaram que o uso de nanocompósitos de PU à base de montmorilonita reduziu significativamente a taxa de liberação de nitrogênio, devido à propriedade catiônica do argilomineral. Por outro lado, não se observou o mesmo efeito para a liberação de fósforo, uma vez que a montmorilonita apresenta afinidade por cátions, sendo o MAP solubilizado em íons fosfatos (ânions). |
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