Favorabilidade mensal à ocorrência de Thaumastocoris peregrinus em Eucalyptus spp. nos estados brasileiros.
O percevejo-bronzeado Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae) é uma praga australiana presente no Brasil desde 2008, cujos surtos promoveram sérios prejuízos. Estratégias de monitoramento e controle do inseto demandam conhecer aspectos biológicos que viabilizem seu desenvolvimento em áreas de plantios de eucalipto no país. Monitoramentos contínuos da praga, realizados no âmbito de projeto da Embrapa/Protef-Ipef possibilitaram determinar condições de T e UR propícias à maior ocorrência de picos populacionais de T. peregrinus; utilizados em zoneamento territorial do inseto viabilizado pela Embrapa. Porém, sabe-se da existência de condições climáticas diferenciadas dos diferentes estados brasileiros produtores de eucalipto e que contribuem à ocorrência dos picos do inseto em meses distintos durante o ano. A informação territorial mensal sugerindo picos populacionais pode facilitar ações de monitoramento estadual da praga. Este trabalho apresenta a favorabilidade mensal à ocorrência de T. peregrinus em Eucalyptus spp. nos estados brasileiros. Cruzamentos georreferenciados (ArcGIS) foram feitos considerando os planos de informações: a) área total de cultivo de Eucalyptus spp. por município - PEVS IBGE/2016; b) médias climáticas mensais de Tmin, Tmax e UR (1961 a 2014, INMET/2017); c) faixas ótimas de desenvolvimento: T peregrinus (Tmin 15-18°C/Tmax 27-31°C/UR 70-80%); e d) malhas municipais IBGE/2015. Condições diferenciadas de períodos mensais de ocorrência de picos populacionais da praga, variando de ínfimas a grandes áreas estaduais, foram observadas. Quatro estados (BA, SP, MG e PE) exibem condição para picos o ano todo, porém variando em concentração de ocorrência nas áreas estaduais mensais. Períodos seguidos de grandes áreas estaduais com potenciais picos foram registrados em SP e PR (nov a abr), MS (abr a nov), ES (abr a set) e RS e SC (dez a abr), MT (abr a jul) e RJ (out a dez).
Main Authors: | , , , , , , , |
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Other Authors: | |
Format: | Separatas biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2019-01-09
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Subjects: | Praga exótica florestal, Gestão territorial, Defesa fitossanitária, Praga Exótica, Controle Biológico, |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1103368 |
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Summary: | O percevejo-bronzeado Thaumastocoris peregrinus (Hemiptera: Thaumastocoridae) é uma praga australiana presente no Brasil desde 2008, cujos surtos promoveram sérios prejuízos. Estratégias de monitoramento e controle do inseto demandam conhecer aspectos biológicos que viabilizem seu desenvolvimento em áreas de plantios de eucalipto no país. Monitoramentos contínuos da praga, realizados no âmbito de projeto da Embrapa/Protef-Ipef possibilitaram determinar condições de T e UR propícias à maior ocorrência de picos populacionais de T. peregrinus; utilizados em zoneamento territorial do inseto viabilizado pela Embrapa. Porém, sabe-se da existência de condições climáticas diferenciadas dos diferentes estados brasileiros produtores de eucalipto e que contribuem à ocorrência dos picos do inseto em meses distintos durante o ano. A informação territorial mensal sugerindo picos populacionais pode facilitar ações de monitoramento estadual da praga. Este trabalho apresenta a favorabilidade mensal à ocorrência de T. peregrinus em Eucalyptus spp. nos estados brasileiros. Cruzamentos georreferenciados (ArcGIS) foram feitos considerando os planos de informações: a) área total de cultivo de Eucalyptus spp. por município - PEVS IBGE/2016; b) médias climáticas mensais de Tmin, Tmax e UR (1961 a 2014, INMET/2017); c) faixas ótimas de desenvolvimento: T peregrinus (Tmin 15-18°C/Tmax 27-31°C/UR 70-80%); e d) malhas municipais IBGE/2015. Condições diferenciadas de períodos mensais de ocorrência de picos populacionais da praga, variando de ínfimas a grandes áreas estaduais, foram observadas. Quatro estados (BA, SP, MG e PE) exibem condição para picos o ano todo, porém variando em concentração de ocorrência nas áreas estaduais mensais. Períodos seguidos de grandes áreas estaduais com potenciais picos foram registrados em SP e PR (nov a abr), MS (abr a nov), ES (abr a set) e RS e SC (dez a abr), MT (abr a jul) e RJ (out a dez). |
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