Resistência de genótipos de meloeiro à mosca-minadora, liriomyza sativae blanchard (diptera: agromyzidae).

A mosca-minadora (Liriomyza sativae) hoje é considerada uma das principais pragas do meloeiro no Brasil, o que vêm estimulando o uso abusivo de inseticidas para contornar os problemas ocasionados pela praga. Neste sentido, o uso de cultivares resistente é uma alternativa promissora. Assim, a presente pesquisa objetivou avaliar a resistência de genótipos de meloeiro em relação a mosca-minadora. Para tanto, avaliou-se 21 genótipos de meloeiro, provenientes do Programa de Melhoramento Genético de Meloeiro da Embrapa, e o híbrido comercial ?Goldex? testemunha. Avaliaram-se a não-preferência por oviposição e alimentação, em testes com e sem chance de escolha; o efeito de antibiose dos genótipos através da viabilidade larval e pupal; assim como número de tricomas e compostos voláteis presentes nas folhas. Para avaliação, foram selecionados os seguintes genótipos AC 35, AC 43, 341, 343, 333 e o hibrido Goldex, para caracterização morfológica das folhas (adaxial e abaxial) e liberação de compostos voláteis. Realizou-se a quantificação de tricomas em Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), onde o número de tricomas foi quantificado e correlacionado com a oviposição e alimentação da praga. As análises de voláteis nas folhas de meloeiro foram realizadas utilizando-se da técnica da microextração em fase sólida acoplada a cromatografia gasosa com espectrometria de massa (SPME-GC-MS). Quanto à não-preferência para oviposição (número de puncturas de oviposição) e alimentação (número de puncturas de alimentação), não houve diferença entre os genótipos e a testemunha Goldex, em teste com chance de escolha. Porém, no teste em confinamento, os genótipos 343 e AC 43 foram os menos ovipositados por L. sativae, com valores médios de 0,9 e 1,3 respectivamente; enquanto, o genótipo 343 foi o menos preferido para alimentação, com 0,7 puncturas de alimentação/4cm de diâmetro. Quanto a viabilidade larval e pupal, nove genótipos mostraram-se mais promissores: 339, 346, 343, 341, 334, 331, 333, 313 e 330, sendo encontrado um possível efeito de antibiose nesses tratamentos. Em relação à densidade de tricomas, não houve diferença entre os tratamentos e não foi encontrado correlação entre a densidade (adaxial e abaxial) e o número de puncturas de oviposição e alimentação. Para a análise de voláteis das folhas, obteve-se um total de dez compostos voláteis distribuídos entre os tratamentos. A partir deste estudo sugere- se haver resistência, do tipo antibiose nos nove genótipos, citados acima, e a presença de algum grau de antixenose nos genótipos 343 e AC43, porém os tricomas e os compostos voláteis identificados nos genótipos de meloeiro, não apresentam ação antixenótica para oviposição e alimentação de L. sativae.

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Bibliographic Details
Main Author: OLIVEIRA, J. M.
Other Authors: JOSIELMA MONTEIRO DE OLIVEIRA, Universidade Federal do Ceará - UFC.
Format: Teses biblioteca
Language:pt_BR
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Published: 2018-12-19
Subjects:Não-preferência, Voláteis, Cucumis Melo, Antibiosis, Trichomes,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1102019
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Description
Summary:A mosca-minadora (Liriomyza sativae) hoje é considerada uma das principais pragas do meloeiro no Brasil, o que vêm estimulando o uso abusivo de inseticidas para contornar os problemas ocasionados pela praga. Neste sentido, o uso de cultivares resistente é uma alternativa promissora. Assim, a presente pesquisa objetivou avaliar a resistência de genótipos de meloeiro em relação a mosca-minadora. Para tanto, avaliou-se 21 genótipos de meloeiro, provenientes do Programa de Melhoramento Genético de Meloeiro da Embrapa, e o híbrido comercial ?Goldex? testemunha. Avaliaram-se a não-preferência por oviposição e alimentação, em testes com e sem chance de escolha; o efeito de antibiose dos genótipos através da viabilidade larval e pupal; assim como número de tricomas e compostos voláteis presentes nas folhas. Para avaliação, foram selecionados os seguintes genótipos AC 35, AC 43, 341, 343, 333 e o hibrido Goldex, para caracterização morfológica das folhas (adaxial e abaxial) e liberação de compostos voláteis. Realizou-se a quantificação de tricomas em Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), onde o número de tricomas foi quantificado e correlacionado com a oviposição e alimentação da praga. As análises de voláteis nas folhas de meloeiro foram realizadas utilizando-se da técnica da microextração em fase sólida acoplada a cromatografia gasosa com espectrometria de massa (SPME-GC-MS). Quanto à não-preferência para oviposição (número de puncturas de oviposição) e alimentação (número de puncturas de alimentação), não houve diferença entre os genótipos e a testemunha Goldex, em teste com chance de escolha. Porém, no teste em confinamento, os genótipos 343 e AC 43 foram os menos ovipositados por L. sativae, com valores médios de 0,9 e 1,3 respectivamente; enquanto, o genótipo 343 foi o menos preferido para alimentação, com 0,7 puncturas de alimentação/4cm de diâmetro. Quanto a viabilidade larval e pupal, nove genótipos mostraram-se mais promissores: 339, 346, 343, 341, 334, 331, 333, 313 e 330, sendo encontrado um possível efeito de antibiose nesses tratamentos. Em relação à densidade de tricomas, não houve diferença entre os tratamentos e não foi encontrado correlação entre a densidade (adaxial e abaxial) e o número de puncturas de oviposição e alimentação. Para a análise de voláteis das folhas, obteve-se um total de dez compostos voláteis distribuídos entre os tratamentos. A partir deste estudo sugere- se haver resistência, do tipo antibiose nos nove genótipos, citados acima, e a presença de algum grau de antixenose nos genótipos 343 e AC43, porém os tricomas e os compostos voláteis identificados nos genótipos de meloeiro, não apresentam ação antixenótica para oviposição e alimentação de L. sativae.