Dinâmica da cobertura vegetal e uso da terra e o estado ambiental nas regiões de paisagem da porção sudoeste de Mato Grosso, Brasil.

Resumo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a dinâmica espaço-temporal da cobertura vegetal e uso da terra e o Estado ambiental das regiões de paisagem situadas na porção sudoeste do estado brasileiro de Mato Grosso. Os mapas de cobertura vegetal e uso da terra foram gerados a partir das imagens dos satélites Landsat 5 e 8 dos anos de 1984, 1993, 2003 e 2013 no Sistema de Informação Geográfico SPRING. As quantificações e elaboração dos layouts das representações cartográficas foram elaboradas no ArcGis. Procedeu-se a regionalização da paisagem a partir da elaboração de uma matriz geoecológica regional, bem como analisou-se o seu estado ambiental. Os usos antrópicos no período de estudo expandiram em 134,08%, enquanto as coberturas vegetais reduziram 21,66% e os corpos hídricos 39%. A pastagem é o uso da terra predominante na região 33,18% (43.170,15 Km²), ocupando principalmente os terrenos planos e suave ondulado. A cobertura florestal totalizou 65,32% (84.983,53 Km²), sendo encontrada principalmente em fragmentos florestais, cujos de maiores dimensões territoriais estão protegidos por legislação ambiental ou situados em terras indígenas. Foram delimitadas 8 regiões de paisagem na porção sudoeste mato-grossense, sendo que dentre elas, a Depressão do Rio Paraguai é a que apresenta a paisagem com maior percentual de usos antrópicos. Na maior parte da extensão da Depressão do Rio Paraguai o Estado Ambiental encontra-se degradado. Concluiu-se a partir dos resultados da dinâmica da cobertura vegetal e uso da terra e do Estado ambiental que há necessidade de adoção de práticas de manejo do uso da terra que minimizem a degradação ambiental, considerando que no período investigado a expansão dos usos antrópicos, principalmente agropecuária, influenciou diretamente na supressão da cobertura vegetal das regiões de paisagem.

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: NEVES, S. M. A. da S., KREITLOW, J. P., MIRANDA, M. R. da S., GALVANIN, E. A. dos S., SILVA, J. dos S. V. da, CRUZ, C. B. M., VICENS, R. S., SILVA, A.
Other Authors: SANDRA MARA ALVES DA SILVA NEVES, Unemat; JESÃ PEREIRA KREITLOW, Unemat; MIRIAM RAQUEL DA SILVA MIRANDA, Unemat; EDINÉIA APARECIDA DOS SANTOS GALVANIN, Unesp; JOAO DOS SANTOS VILA DA SILVA, CNPTIA; CARLA BERNADETE MADUREIRA CRUZ, UFRJ; RAÚL SÁNCHES VICENS, UFF; AGUINALDO SILVA, UFMS.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2018-11-13
Subjects:Áreas úmidas, Geotecnologias, Geotechnologies, Sensoriamento Remoto, Cerrado, Remote sensing, Pantanal, Wetlands,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1099265
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Resumo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a dinâmica espaço-temporal da cobertura vegetal e uso da terra e o Estado ambiental das regiões de paisagem situadas na porção sudoeste do estado brasileiro de Mato Grosso. Os mapas de cobertura vegetal e uso da terra foram gerados a partir das imagens dos satélites Landsat 5 e 8 dos anos de 1984, 1993, 2003 e 2013 no Sistema de Informação Geográfico SPRING. As quantificações e elaboração dos layouts das representações cartográficas foram elaboradas no ArcGis. Procedeu-se a regionalização da paisagem a partir da elaboração de uma matriz geoecológica regional, bem como analisou-se o seu estado ambiental. Os usos antrópicos no período de estudo expandiram em 134,08%, enquanto as coberturas vegetais reduziram 21,66% e os corpos hídricos 39%. A pastagem é o uso da terra predominante na região 33,18% (43.170,15 Km²), ocupando principalmente os terrenos planos e suave ondulado. A cobertura florestal totalizou 65,32% (84.983,53 Km²), sendo encontrada principalmente em fragmentos florestais, cujos de maiores dimensões territoriais estão protegidos por legislação ambiental ou situados em terras indígenas. Foram delimitadas 8 regiões de paisagem na porção sudoeste mato-grossense, sendo que dentre elas, a Depressão do Rio Paraguai é a que apresenta a paisagem com maior percentual de usos antrópicos. Na maior parte da extensão da Depressão do Rio Paraguai o Estado Ambiental encontra-se degradado. Concluiu-se a partir dos resultados da dinâmica da cobertura vegetal e uso da terra e do Estado ambiental que há necessidade de adoção de práticas de manejo do uso da terra que minimizem a degradação ambiental, considerando que no período investigado a expansão dos usos antrópicos, principalmente agropecuária, influenciou diretamente na supressão da cobertura vegetal das regiões de paisagem.