Acesso à ATER e os principais problemas técnicos enfrentados pela agricultura familiar no Nordeste paraense.
O presente trabalho analisou o acesso à assistência técnica, o órgão que presta o serviço, avaliação desta assistência, e os principais problemas técnico-produtivos enfrentados por produtores quilombolas, assentados e pequenos proprietários no Nordeste Paraense. A pesquisa foi realizada a partir da aplicação de questionários, no inicio de 2015, totalizando 345 entrevistados, de acordo com três categorias fundiárias: assentados, quilombolas, e produtores em pequenas propriedades particulares, e em quatro Regiões de Integração (RI) do Nordeste Paraense: Caetés, Capim, Guamá e Tocantins. Os dados coletados foram inseridos, em plataforma SQL, exportados para planilhas Excel, e analisados no programa estatístico Stata. Identificou-se insuficiente oferta de assistência técnica e extensão rural ao agricultor familiar, pois menos de um terço dos agricultores indicaram ter acesso a estes serviços. Dentre as categorias fundiárias e regiões de integração, proporcionalmente o acesso foi mais frequente entre produtores assentados (41,3%) e na Região Capim (42,5%). Na avaliação da assistência técnica recebida, constatou-se que produtores da categoria assentados e RI Tocantins indicaram maior satisfação. Notou-se que dois terços dos entrevistados enfrentam problemas técnicos, sendo que a frequência relativa é maior entre pequenos proprietários. O principal problema enfrentado é a falta de mecanização, seguido da podridão da raiz de mandioca e baixa fertilidade do solo. Dentre as Regiões de Integração, maior frequência de problemas técnicos ocorreu na RI Guamá. Evidenciou-se a escassez de políticas públicas para a agricultura familiar no Nordeste Paraense, e a demanda por uma assistência técnica eficaz e por maior acesso ao crédito rural. A presença de extensionistas apoiaria decisivamente o produtor a solucionar ao menos parte dos problemas citados pelos agricultores
Main Authors: | , , |
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Other Authors: | |
Format: | Anais e Proceedings de eventos biblioteca |
Language: | pt_BR por |
Published: |
2018-02-22
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Subjects: | Pará., Agricultura Familiar, Assistência Técnica., |
Online Access: | http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1088032 |
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Summary: | O presente trabalho analisou o acesso à assistência técnica, o órgão que presta o serviço, avaliação desta assistência, e os principais problemas técnico-produtivos enfrentados por produtores quilombolas, assentados e pequenos proprietários no Nordeste Paraense. A pesquisa foi realizada a partir da aplicação de questionários, no inicio de 2015, totalizando 345 entrevistados, de acordo com três categorias fundiárias: assentados, quilombolas, e produtores em pequenas propriedades particulares, e em quatro Regiões de Integração (RI) do Nordeste Paraense: Caetés, Capim, Guamá e Tocantins. Os dados coletados foram inseridos, em plataforma SQL, exportados para planilhas Excel, e analisados no programa estatístico Stata. Identificou-se insuficiente oferta de assistência técnica e extensão rural ao agricultor familiar, pois menos de um terço dos agricultores indicaram ter acesso a estes serviços. Dentre as categorias fundiárias e regiões de integração, proporcionalmente o acesso foi mais frequente entre produtores assentados (41,3%) e na Região Capim (42,5%). Na avaliação da assistência técnica recebida, constatou-se que produtores da categoria assentados e RI Tocantins indicaram maior satisfação. Notou-se que dois terços dos entrevistados enfrentam problemas técnicos, sendo que a frequência relativa é maior entre pequenos proprietários. O principal problema enfrentado é a falta de mecanização, seguido da podridão da raiz de mandioca e baixa fertilidade do solo. Dentre as Regiões de Integração, maior frequência de problemas técnicos ocorreu na RI Guamá. Evidenciou-se a escassez de políticas públicas para a agricultura familiar no Nordeste Paraense, e a demanda por uma assistência técnica eficaz e por maior acesso ao crédito rural. A presença de extensionistas apoiaria decisivamente o produtor a solucionar ao menos parte dos problemas citados pelos agricultores |
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