Enxertia de genótipos superiores em castanheira-do-brasil para a formação de um jardim clonal.

A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.) possui sementes com alto valor nutricional e comercial, o que a torna uma importante espécie florestal. No plantio comercial da castanheira há um grande interesse na enxertia das plantas, que possibilita uma precocidade na produção de frutos. A enxertia é realizada quando as plantas estão estabelecidas no campo, e quando atingem um diâmetro mínimo do caule, que permite a aplicação dessa técnica e o sucesso no pegamento do enxerto. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o pegamento da enxertia em castanheira-do-brasil utilizando materiais genéticos superiores, visando à formação de um jardim clonal. Para isso, em janeiro de 2017 foram enxertadas 46 plantas, provenientes de mudas de viveiro transplantadas para a área experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, em novembro de 2015. A enxertia por borbulhia foi realizada por profissional especializado, e os enxertos utilizados vieram de genótipos selecionados, que apresentam boa produção de frutos e características morfológicas desejáveis (P1-41, P1-79, MPI, SFI, SFII, 606, 609), sendo enxertadas pelo menos quatro plantas com cada genótipo. Foi calculada a porcentagem de pegamento do enxerto três meses após a enxertia e foi observado que das 46 plantas enxertadas, 27 (58,7%) obtiveram o pegamento do enxerto no porta-enxerto, ou seja, o tecido enxertado estava vivo. Destas 27, apenas 9 (19,57% do total de plantas enxertadas) emitiram brotações e folhas no período de 3 meses. Dos materiais genéticos enxertados, não houve sucesso no pegamento de três (P1-41, 606 e 609), sugerindo que fatores associados à qualidade do material enxertado (borbulha) ou relacionados ao porta-enxerto podem ter influenciado no pegamento. A taxa de pegamento nos três primeiros meses de avaliação foi baixa, demonstrando a necessidade de planejamento para o sucesso da implantação de um plantio de castanheira-do-brasil.

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Bibliographic Details
Main Authors: BALDONI, A. B., SILVA, A. J. R., ROELIS, B. V., PEREIRA, L. L., TARDIN, F. D., TONINI, H.
Other Authors: AISY BOTEGA BALDONI TARDIN, CPAMT; ADAILTHON JOURDAN RODRIGUES SILVA, UFMT; BRUNO VINDILINO ROELIS, UNEMAT; LUCAS LODO PEREIRA, UFMT; FLAVIO DESSAUNE TARDIN, CNPMS; HELIO TONINI, CPAMT.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
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Published: 2018-02-06
Subjects:Bertholletia excelsa, Borbulhia, Enxerto,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1087198
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Description
Summary:A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.) possui sementes com alto valor nutricional e comercial, o que a torna uma importante espécie florestal. No plantio comercial da castanheira há um grande interesse na enxertia das plantas, que possibilita uma precocidade na produção de frutos. A enxertia é realizada quando as plantas estão estabelecidas no campo, e quando atingem um diâmetro mínimo do caule, que permite a aplicação dessa técnica e o sucesso no pegamento do enxerto. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho foi avaliar o pegamento da enxertia em castanheira-do-brasil utilizando materiais genéticos superiores, visando à formação de um jardim clonal. Para isso, em janeiro de 2017 foram enxertadas 46 plantas, provenientes de mudas de viveiro transplantadas para a área experimental da Embrapa Agrossilvipastoril, em novembro de 2015. A enxertia por borbulhia foi realizada por profissional especializado, e os enxertos utilizados vieram de genótipos selecionados, que apresentam boa produção de frutos e características morfológicas desejáveis (P1-41, P1-79, MPI, SFI, SFII, 606, 609), sendo enxertadas pelo menos quatro plantas com cada genótipo. Foi calculada a porcentagem de pegamento do enxerto três meses após a enxertia e foi observado que das 46 plantas enxertadas, 27 (58,7%) obtiveram o pegamento do enxerto no porta-enxerto, ou seja, o tecido enxertado estava vivo. Destas 27, apenas 9 (19,57% do total de plantas enxertadas) emitiram brotações e folhas no período de 3 meses. Dos materiais genéticos enxertados, não houve sucesso no pegamento de três (P1-41, 606 e 609), sugerindo que fatores associados à qualidade do material enxertado (borbulha) ou relacionados ao porta-enxerto podem ter influenciado no pegamento. A taxa de pegamento nos três primeiros meses de avaliação foi baixa, demonstrando a necessidade de planejamento para o sucesso da implantação de um plantio de castanheira-do-brasil.