Comunidade de plantas daninhas em cultivo de milho solteiro e consorciado com Urochloa ruziziensis.

O consórcio milho+braquiária tem se revelado uma excelente ferramenta de controle cultural de plantas daninhas. Assim, objetivou-se com este trabalho identificar e quantificar as principais espécies daninhas presentes na pré-colheita da cultura do milho em cultivo solteiro e consorciado com braquiária por meio de levantamento fitossociológico. O levantamento foi realizado na safra 2016/2017 na área da Unidade de Referência Tecnológica e Econômica (URTE) da EMBRAPA, conduzida em Ipiranga do Norte-MT. O milho hib. 2B 810 PWRR foi semeado em duas faixas (A e B), sendo na faixa A semeado no dia 17/02/2017 com espaçamento de 0,50 m e população de 53.000 plantas ha-1, consorciado com 9,15 kg de sementes ha-1 de Urochloa ruziziensis numa área de 47 ha. Nessa faixa foi aplicado glyphosate+atrazine (720+1.500 g ha-1) um dia antes da semeadura para dessecação da flora infestante e nicossulfuron (7,5 g ha-1) aos 23 dias após a semeadura para a supressão do crescimento da braquiária. Já na faixa B, cuja área é de 40,4 ha, foi realizada a dessecação com a aplicação de glyphosate+atrazine (720+596 g ha-1) no dia 06/02/2017. Nessa faixa o milho foi semeado com espaçamento de 0,50 m e população de 58.400 plantas ha-¹ um dia após a dessecação. As plantas daninhas foram identificadas e quantificadas pelo método do quadrado inventário (0,25 m x 0,25 m) lançado aleatoriamente 100 vezes em ambas as faixas em caminhamento zigue-zague. Em seguida, foram calculados os parâmetros fitossociológicos frequência, frequência relativa, densidade e densidade relativa para o cálculo do índice de importância relativa, visando identificar as espécies mais importantes em cada faixa. Na análise fitossociológica foram encontradas 13 espécies de 8 famílias de plantas daninhas. Na faixa A, alcançou-se IR de 74,7% e 17,5% para Cyperus spp. e Chamaesyce hirta, respectivamente. Já na faixa B, as espécies que apresentaram maior IR foram C. hirta (37,3%), Mitracarpus sp. (23,7%) e Cyperus spp. (23,6%). Comparando-se o milho solteiro com o consórcio milho+braquiária verificou-se que as plantas de cobertura foram capazes de alterar a composição das espécies infestantes na faixa A, uma vez que a área sem consórcio apresentou três vezes mais espécies quando comparado com o milho consorciado. A presença de braquiária reduziu a IR de C. hirta e aumentou a IR de Cyperus spp. Conclui-se que o consórcio milho+braquária alterou a composição e a importância das espécies em comparação com o milho solteiro.

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Bibliographic Details
Main Authors: METZ, L. H., CAVALIERI, S. D., IKEDA, F. S., FONSECA, B. T. da, SILVA, J. N.
Other Authors: LHÍS HENRIQUE METZ, UFMT; SIDNEI DOUGLAS CAVALIERI, CNPA; FERNANDA SATIE IKEDA, CPAMT; BÁRBARA THAÍS da FONSECA, UFMT; JACKEON NOGUEIRA da SILVA, UFMT.
Format: Anais e Proceedings de eventos biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2018-01-15
Subjects:Plantas infestantes, Brachiaria, Planta de cobertura, Zea mays, Consorciação de cultura, Milho, Erva daninha,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1085327
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Description
Summary:O consórcio milho+braquiária tem se revelado uma excelente ferramenta de controle cultural de plantas daninhas. Assim, objetivou-se com este trabalho identificar e quantificar as principais espécies daninhas presentes na pré-colheita da cultura do milho em cultivo solteiro e consorciado com braquiária por meio de levantamento fitossociológico. O levantamento foi realizado na safra 2016/2017 na área da Unidade de Referência Tecnológica e Econômica (URTE) da EMBRAPA, conduzida em Ipiranga do Norte-MT. O milho hib. 2B 810 PWRR foi semeado em duas faixas (A e B), sendo na faixa A semeado no dia 17/02/2017 com espaçamento de 0,50 m e população de 53.000 plantas ha-1, consorciado com 9,15 kg de sementes ha-1 de Urochloa ruziziensis numa área de 47 ha. Nessa faixa foi aplicado glyphosate+atrazine (720+1.500 g ha-1) um dia antes da semeadura para dessecação da flora infestante e nicossulfuron (7,5 g ha-1) aos 23 dias após a semeadura para a supressão do crescimento da braquiária. Já na faixa B, cuja área é de 40,4 ha, foi realizada a dessecação com a aplicação de glyphosate+atrazine (720+596 g ha-1) no dia 06/02/2017. Nessa faixa o milho foi semeado com espaçamento de 0,50 m e população de 58.400 plantas ha-¹ um dia após a dessecação. As plantas daninhas foram identificadas e quantificadas pelo método do quadrado inventário (0,25 m x 0,25 m) lançado aleatoriamente 100 vezes em ambas as faixas em caminhamento zigue-zague. Em seguida, foram calculados os parâmetros fitossociológicos frequência, frequência relativa, densidade e densidade relativa para o cálculo do índice de importância relativa, visando identificar as espécies mais importantes em cada faixa. Na análise fitossociológica foram encontradas 13 espécies de 8 famílias de plantas daninhas. Na faixa A, alcançou-se IR de 74,7% e 17,5% para Cyperus spp. e Chamaesyce hirta, respectivamente. Já na faixa B, as espécies que apresentaram maior IR foram C. hirta (37,3%), Mitracarpus sp. (23,7%) e Cyperus spp. (23,6%). Comparando-se o milho solteiro com o consórcio milho+braquiária verificou-se que as plantas de cobertura foram capazes de alterar a composição das espécies infestantes na faixa A, uma vez que a área sem consórcio apresentou três vezes mais espécies quando comparado com o milho consorciado. A presença de braquiária reduziu a IR de C. hirta e aumentou a IR de Cyperus spp. Conclui-se que o consórcio milho+braquária alterou a composição e a importância das espécies em comparação com o milho solteiro.