Renda e pobreza no meio rural do nordeste: efeitos das características individuais, do domicílio e do acesso aos programas governamentais de transferência de renda e de inclusão produtiva,

Desde o início dos anos 2000 que o aumento real no salário mínimo somado com políticas de transferência condicionada de renda promoveram uma redução anual nos índices de pobreza das pessoas que residem o meio rural brasileiro, mais notadamente na região Nordeste. Não obstante toda a importância destas políticas e o efeito positivo para melhoria das condições de vida, a pobreza no meio rural não foi completamente eliminada. Em junho de 2016 o IBGE lançou um suplemento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, incluindo questões sobre o acesso ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e às políticas de inclusão produtiva. Com os microdados da referida pesquisa foi possível avaliar qual o efeito de características individuais das pessoas, do estabelecimento que residem e de acesso aos programas governamentais de transferência de renda e de inclusão produtiva sobre a renda per capita e também sobre a probabilidade de ser pobre. Através de um modelo de regressão linear e um modelo Logit, os resultados principais indicam que as características individuais como a idade, escolaridade e tamanho da família; as características do domicílio, área total e acesso à água, tiveram mais efeito sobre a renda do que as políticas governamentais. Estas não apresentaram efeito significativo inclusive na análise das suas interações, que buscaram captar sinergias entre as políticas. No caso da pobreza, as características individuais se mostraram as mais determinantes para reduzir a probabilidade de ser pobre no meio rural do Nordeste.

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Bibliographic Details
Main Authors: LIMA, J. R. F. de, LIMA, J. R. de
Other Authors: JOAO RICARDO FERREIRA DE LIMA, CPATSA; JOACIR RUFINO DE AQUINO, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Format: Parte de livro biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2017-02-07
Subjects:Meio rural, Inclusão social, Family farming., Agricultura familiar, Pobreza, Políticas públicas, Desenvolvimento rural, Renda.,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1062940
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Description
Summary:Desde o início dos anos 2000 que o aumento real no salário mínimo somado com políticas de transferência condicionada de renda promoveram uma redução anual nos índices de pobreza das pessoas que residem o meio rural brasileiro, mais notadamente na região Nordeste. Não obstante toda a importância destas políticas e o efeito positivo para melhoria das condições de vida, a pobreza no meio rural não foi completamente eliminada. Em junho de 2016 o IBGE lançou um suplemento especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, incluindo questões sobre o acesso ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e às políticas de inclusão produtiva. Com os microdados da referida pesquisa foi possível avaliar qual o efeito de características individuais das pessoas, do estabelecimento que residem e de acesso aos programas governamentais de transferência de renda e de inclusão produtiva sobre a renda per capita e também sobre a probabilidade de ser pobre. Através de um modelo de regressão linear e um modelo Logit, os resultados principais indicam que as características individuais como a idade, escolaridade e tamanho da família; as características do domicílio, área total e acesso à água, tiveram mais efeito sobre a renda do que as políticas governamentais. Estas não apresentaram efeito significativo inclusive na análise das suas interações, que buscaram captar sinergias entre as políticas. No caso da pobreza, as características individuais se mostraram as mais determinantes para reduzir a probabilidade de ser pobre no meio rural do Nordeste.