Acúmulo de massa seca e de nutrientes em milheto adubado com rochas siliáticas em solo de Cerrado.

A prospecção de agrominerais existentes em território brasileiro, como alternativa aos fertilizantes químicos importados, torna-se relevante para a produção agrícola. Objetivou-se avaliar o potencial de diferentes rochas silicáticas como fontes de nutrientes para o cultivo de milheto. O experimento foi conduzido na Embrapa Milho e Sorgo-Sete Lagoas-MG, em vasos de 5,0 kg de solo, em casa-de-vegetação. Utilizou-se um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, fase cerrado, adubado de acordo com análise química do solo, exceto em relação ao potássio. Foram testadas seis fontes de potássio, sendo quatro rochas silicáticas (biotita, brecha, ultramáfica alcalina e flogopitito), um subproduto da extração de manganês (RMS) e o cloreto de potássio, como referencia, em dosagens equivalentes a 0, 75, 150 e 300 Kg ha-1 de K2O, em blocos casualizados, com quatro repetições. O crescimento e incorporação de nutrientes pelas plantas de milheto foram influenciados significativamente pela aplicação de K2O, com variados graus de respostas dependentes do nutriente, dose e fonte. Destacam-se as fontes RMS, ultramáfica alcalina, que apresentaram eficiência similar ao KCl em relação à produção de biomassa e absorção de K, na dose intermediária do nutriente. E, ainda proporcionaram maior conteúdo de enxofre e de zinco na parte aérea das plantas. Houve antagonismo acentuado entre absorção de potássio e cálcio + magnésio pelas plantas. A absorção dos demais macronutrientes não foi alterada, independente das fontes. Os benefícios da aplicação de rochas silicáticas como fontes de nutrientes para o milheto dependem do tipo de rocha e da quantidade aplicada.

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Bibliographic Details
Main Authors: MARRIEL, I. E., MELO, I. G., RESENDE, A. V. de, COELHO, A. M., PAIVA, C. A. O., MARTINS, E. de S., BATISTA, A. M., SOARES, E. A. C.
Other Authors: IVANILDO EVODIO MARRIEL, CNPMS; ALVARO VILELA DE RESENDE, CNPMS; ANTONIO MARCOS COELHO, CNPMS; CHRISTIANE ABREU OLIVEIRA PAIVA, CNPMS; EDER DE SOUZA MARTINS, CPAC.
Format: Separatas biblioteca
Language:pt_BR
por
Published: 2015-04-24
Subjects:Agrominerais, Solo, Potássio, Milheto, Absorção de nutrientes, Cerrado, Soil, Potassium, Millets, Soil nutrient dynamics, Savannas, Brazil,
Online Access:http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1014217
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Description
Summary:A prospecção de agrominerais existentes em território brasileiro, como alternativa aos fertilizantes químicos importados, torna-se relevante para a produção agrícola. Objetivou-se avaliar o potencial de diferentes rochas silicáticas como fontes de nutrientes para o cultivo de milheto. O experimento foi conduzido na Embrapa Milho e Sorgo-Sete Lagoas-MG, em vasos de 5,0 kg de solo, em casa-de-vegetação. Utilizou-se um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico, fase cerrado, adubado de acordo com análise química do solo, exceto em relação ao potássio. Foram testadas seis fontes de potássio, sendo quatro rochas silicáticas (biotita, brecha, ultramáfica alcalina e flogopitito), um subproduto da extração de manganês (RMS) e o cloreto de potássio, como referencia, em dosagens equivalentes a 0, 75, 150 e 300 Kg ha-1 de K2O, em blocos casualizados, com quatro repetições. O crescimento e incorporação de nutrientes pelas plantas de milheto foram influenciados significativamente pela aplicação de K2O, com variados graus de respostas dependentes do nutriente, dose e fonte. Destacam-se as fontes RMS, ultramáfica alcalina, que apresentaram eficiência similar ao KCl em relação à produção de biomassa e absorção de K, na dose intermediária do nutriente. E, ainda proporcionaram maior conteúdo de enxofre e de zinco na parte aérea das plantas. Houve antagonismo acentuado entre absorção de potássio e cálcio + magnésio pelas plantas. A absorção dos demais macronutrientes não foi alterada, independente das fontes. Os benefícios da aplicação de rochas silicáticas como fontes de nutrientes para o milheto dependem do tipo de rocha e da quantidade aplicada.