Infestação do ácaro Varroa destructor em colônias de abelhas Apis mellifera no Piauí, no período 2018 a 2022.

Um dos inimigos naturais das abelhas Apis mellifera L. que provocam grandes prejuízos em todo o mundo é o ácaro Varroa destructor (Anderson & Trueman, 2000), um ectoparasita que ataca tanto larvas como abelhas adultas e pode ser agente transmissor de doenças. No Brasil, os danos causados por V. destructor têm sido relativamente menores que os observados em outros países, provavelmente em função da maior tolerância das abelhas africanizados e de fatores climáticos que influenciam negativamente na taxa de reprodução do ácaro. No entanto, nos últimos anos, já existem registros de danos mais acentuados em algumas regiões brasileiras, em função da maior taxa reprodutiva de nova linhagem do ácaro, o que é preocupante, pois pode levar os apicultores a usarem produtos quimioterápicos para o controle da praga. Assim, tornam-se importantes os monitoramentos preventivos nos apiários, já que existe grande variação da taxa de infestação em diferentes regiões do país, em função das variações climáticas e das linhagens envolvidas. Nesse contexto, o conjunto de dados aqui apresentados é resultado da coleta mensal de amostras em apiários localizados em diferentes municípios do Estado do Piauí com o objetivo de avaliar as variações na taxa de infestação do ácaro V. destructor em colônias de A. mellifera em diferentes biomas e épocas do ano. Os dados foram obtidos em apiários dos municípios de Teresina, São João do Piauí, Simplício Mendes e Campo Maior, no período de setembro de 2018 a agosto de 2022. Para a obtenção da taxa de infestação, foram coletadas mensalmente amostras de abelhas adultas em quadros centrais de até seis colônias por apiário. As amostras foram acondicionadas em recipientes de vidro, contendo álcool a 70% e transportadas para a Embrapa Meio-Norte, em Teresina-PI, para a contagem de abelhas e de ácaros. Com os dados obtidos, calculou-se a taxa de infestação pela fórmula: Taxa de infestação (%) = (N° de ácaros encontrados/N° de abelhas analisadas) x 100. Esses dados são importantes pois permitem o conhecimento dos períodos de maior infestação do ácaro, o que favorece à tomada de decisão quanto às técnicas de manejo a serem utilizadas para o fortalecimento das colônias, visando a prevenção e controle da infestação. Os dados foram coletados no âmbito da Solução para Inovação (SI) “Influência das condições climáticas sobre a sanidade das colônias (13.16.04.038.00.04)” vinculada ao projeto “Influência das condições climáticas no manejo, produção e sanidade de abelhas Apis mellifera - 13.16.04.038.00.00)” alinhado ao Portfólio de Recursos Genéticos.

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Bibliographic Details
Main Authors: Lopes, Maria Teresa do Rego, Barreto, Ana Lúcia Horta, Pereira, Fábia de Mello, Souza, Bruno de Almeida
Other Authors: Lopes, Maria Teresa do Rêgo
Format: Dados de levantamento biblioteca
Language:Portuguese
Published: Redape 2024
Subjects:Agricultural Sciences, Varroase, Apicultura, Manejo de apiário, Varroidae,
Online Access:https://doi.org/10.48432/3TGPHF
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Description
Summary:Um dos inimigos naturais das abelhas Apis mellifera L. que provocam grandes prejuízos em todo o mundo é o ácaro Varroa destructor (Anderson & Trueman, 2000), um ectoparasita que ataca tanto larvas como abelhas adultas e pode ser agente transmissor de doenças. No Brasil, os danos causados por V. destructor têm sido relativamente menores que os observados em outros países, provavelmente em função da maior tolerância das abelhas africanizados e de fatores climáticos que influenciam negativamente na taxa de reprodução do ácaro. No entanto, nos últimos anos, já existem registros de danos mais acentuados em algumas regiões brasileiras, em função da maior taxa reprodutiva de nova linhagem do ácaro, o que é preocupante, pois pode levar os apicultores a usarem produtos quimioterápicos para o controle da praga. Assim, tornam-se importantes os monitoramentos preventivos nos apiários, já que existe grande variação da taxa de infestação em diferentes regiões do país, em função das variações climáticas e das linhagens envolvidas. Nesse contexto, o conjunto de dados aqui apresentados é resultado da coleta mensal de amostras em apiários localizados em diferentes municípios do Estado do Piauí com o objetivo de avaliar as variações na taxa de infestação do ácaro V. destructor em colônias de A. mellifera em diferentes biomas e épocas do ano. Os dados foram obtidos em apiários dos municípios de Teresina, São João do Piauí, Simplício Mendes e Campo Maior, no período de setembro de 2018 a agosto de 2022. Para a obtenção da taxa de infestação, foram coletadas mensalmente amostras de abelhas adultas em quadros centrais de até seis colônias por apiário. As amostras foram acondicionadas em recipientes de vidro, contendo álcool a 70% e transportadas para a Embrapa Meio-Norte, em Teresina-PI, para a contagem de abelhas e de ácaros. Com os dados obtidos, calculou-se a taxa de infestação pela fórmula: Taxa de infestação (%) = (N° de ácaros encontrados/N° de abelhas analisadas) x 100. Esses dados são importantes pois permitem o conhecimento dos períodos de maior infestação do ácaro, o que favorece à tomada de decisão quanto às técnicas de manejo a serem utilizadas para o fortalecimento das colônias, visando a prevenção e controle da infestação. Os dados foram coletados no âmbito da Solução para Inovação (SI) “Influência das condições climáticas sobre a sanidade das colônias (13.16.04.038.00.04)” vinculada ao projeto “Influência das condições climáticas no manejo, produção e sanidade de abelhas Apis mellifera - 13.16.04.038.00.00)” alinhado ao Portfólio de Recursos Genéticos.