A comunidade radical na filosofia de Gabriel Marcel
Resumo: Entender o ser humano é compreender o relacional em sua mais pura manifestação fenomenológica: qualquer outra predicação de relacionamento é uma operação analógica que parte da experiência de interdependência vital do homem com seu ambiente, sobretudo na relação com seus semelhantes. Entender o homem, pois, exige compreender o significado de “comunidade”. Esse conceito tão elusivo foi objeto de várias teorizações no século passado, principalmente tendo em conta a experiência funesta do Ocidente. Mesmo que, como assinalava Jean-Luc Nancy (2006), não sejamos capazes de pensar realmente no que significa “ser-com”, podemos encontrar na tradição filosófica uma figura que dedicou todos seus esforços para pensar essa essência relacional do ser humano: Gabriel Marcel. Toda a filosofia existencial desse pensador francês pode ser lida como um esforço para apreender, em sua irredutível inteligibilidade, o fenômeno mais próprio da comunhão. Para isso, ele se deteve especialmente em experiências concretas, como a fé, a fidelidade, a esperança, o amor e a morte, sobre as quais abriu um pensamento metafísico da comunidade, a ponto de afirmar que “esse est co-esse”. Essa radicalidade da comunidade deve, porém, ser compreendida dentro de um marco religioso judaico-cristão, construído sobre a noção de um Deus-Pai e de uma fraternidade universal dos homens. Nosso presente trabalho tentará mostrar o significado dessa “comunidade radical” (como a chamaremos) sublinhando sua base teológica.
Main Author: | |
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Format: | Parte de libro biblioteca |
Language: | por |
Published: |
Editora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
2017
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Subjects: | Marcel, Gabriel, 1889-1973, PENSAMIENTO FILOSOFICO, METAFISICA, |
Online Access: | https://repositorio.uca.edu.ar/handle/123456789/15440 |
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