Terapia ocupacional social, antiopressão e liberdade: considerações sobre a revolução da/na vida cotidiana
Resumo A terapia ocupacional social vem se preocupando em lidar com as desigualdades sociais, principalmente no que tange à estrutura de múltiplas opressões. Tomando-se esse pressuposto como parâmetro, avançar na consolidação de referenciais teórico-metodológicos que permitam problematizar o lugar da profissão, na dimensão da sociedade e da atuação sobre ela, é urgente, de maneira a oferecer proposições para uma prática socialmente referenciada. Sendo assim, são apresentados neste ensaio aportes para compor o debate acerca de um pensar/fazer terapêutico-ocupacional social para a antiopressão e intencionado para a liberdade. Trata-se de se voltar para uma ação profissional que combata as estruturas opressivas e mire no alargamento das possibilidades de vida dos sujeitos, individuais e coletivos, com os quais atuamos. Para nós, o foco dessa práxis se dá na dimensão da vida cotidiana dos sujeitos, a qual é marcada pela alienação, mas também pela possibilidade de libertação, que se efetiva na medida em que se cria oportunidades para um inédito-viável e se exerce a revolução (humanização) nessa cotidianidade, podendo ser o terapeuta ocupacional um mediador/articulador no âmbito desse processo. Para isso, propõe-se uma práxis que é perpassada pelo fomento de intervenções que apreendam e lidem com a violência à vida cotidiana (a justa raiva e a indignação), com a suspensão da vida cotidiana (esforço para problematizar de onde se vem e para onde se pode ir) e se direcione para a criação permanente da vida cotidiana (a transformação).
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Terapia Ocupacional
2022
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2526-89102022000200503 |
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