Príncipes negros nas festas de brancos: Poder, revolta e identidades escravas nas Minas setecentistas
Resumo Este artigo tem como objetivo principal apontar para a apropriação das festas religiosas pelos cativos nas Minas setecentistas a partir de um estudo de caso: a tentativa de sublevação escrava de 1719. Deseja-se também discutir a construção das identidades negras nesta capitania, destacando o confronto entre duas lógicas, a "étnica", trazida pelos africanos escravizados, e a "colonial", que incorpora identidades múltiplas. Na organização da sublevação estas duas lógicas estavam presentes, e o impasse criado no momento da escolha do líder da revolta resultou no seu desmantelamento. Longe de servir como mecanismo de controle social, a religião foi reinterpretada pelos cativos como forma de reconstruir suas identidades, para se protegerem e reafirmarem direitos. Do mesmo modo, as festas foram propícias para organizar sublevações.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-46332011000200114 |
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