ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: EVENTUAIS INTERAÇÕES COM A SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAIS

RESUMO Introdução/enquadramento/objetivos: A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença que poderá evoluir de forma debilitante e atingir alguns indivíduos em idade ativa, pelo que será relevante que os profissionais a exercer na Saúde e Segurança Ocupacionais tenham um conjunto razoável de conhecimentos sobre o tema, de forma a conseguirem ajustar o melhor possível as tarefas laborais, bem como eventuais medidas de proteção, potenciando o bem-estar e desempenho/produtividade. Para além disso, conhecendo os fatores laborais que a potenciam, poder-se-á diminuir um pouco a incidência da patologia. Pretendeu-se com esta revisão resumir em português o que de mais atual e relevante se publicou sobre o tema nas literaturas internacional e nacional. Metodologia: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2023 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”. Conteúdo: Esta patologia é uma doença neurodegenerativa rapidamente progressiva e caraterizada por atrofia/paralisia muscular, geralmente iniciada na idade adulta com sobrevida média de dois a três anos. As primeiras manifestações geralmente incidem na astenia dos membros inferiores, geralmente na 5ª ou 6ª décadas de vida. A paralisia intensifica-se e alastra-se, podendo atingir os músculos respiratórios e culminar em insuficiência respiratória. Contudo, a fisiopatologia não está esclarecida com clareza. Alguns investigadores consideram que o único fator ambiental que poderá ter alguma influência poderá ser o tabagismo; outros até afirmam que a influência da exposição ambiental global em si é controversa. Neste contexto, com maior ou menor consenso, destacam-se os pesticidas, fertilizantes, solventes, metais pesados, formaldeído, diesel, esforço físico/hipoxia, trauma e contato com a eletricidade. Desta forma, existem também alguns setores profissionais que poderão apresentar maior risco. Discussão e Conclusões: Ainda que a prevalência desta doença seja baixa, parte destes indivíduos estão inseridos na população ativa, pelo menos numa fase inicial. Não se encontraram dados concretos relativos a medidas de proteção ou outras atitudes relevantes para a equipa de Saúde e Segurança orientar neste contexto; ainda assim, os autores registaram de forma sucinta alguns itens nesse sentido, em função da sua experiência profissional, sobretudo para patologias com algumas semelhanças e mais prevalentes. Seria aliciante que profissionais a exercer em ambiente hospitalar, em instituição que exista uma consulta de apoio a utentes com esta patologia, se debruçassem um pouco sobre o tema, retratando a realidade nacional e publicando a sua investigação em revista da área, para difusão de conhecimentos a nível nacional, com extrapolação internacional, dada a escassez de bibliografia.

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Bibliographic Details
Main Authors: Santos,M, Almeida,A, Chagas,D
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Ajeogene Serviços Médicos Lda 2024
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532024000100311
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