Desobediências político-epistêmicas de movimentos indígenas no Brasil e na Bolívia como aprendizagens contra-hegemônicas
Perduram por quase um século as contribuições teórico-políticas de Antonio Gramsci, em especial no sentido das definições e das interpretações em torno da noção de hegemonia - combinação de relações de poderes que se sustenta fundamentalmente no consentimento de oprimidos perante opressores. Com base em reflexões sobre a obra gramsciana que consideram a matriz abissal fundada na coisificação de povos racializados/subalternizados, são problematizados os potenciais enfrentamentos da hegemonia capitalista - a qual se vale também da dominação via coerção colonial, desde a sua formação histórica até à contemporaneidade. Daí os aportes de movimentos indígenas no Brasil e na Bolívia que, com seus atos de desobediências político-epistêmicas em eventos públicos ou posicionamentos políticos, podem ser entendidos como aprendizagens contra-hegemônicas, em consonância com as epistemologias do Sul.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro de Estudos Sociais
2017
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-74352017000300010 |
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