Ideário da morte no Ocidente: a bioética em uma perspectiva antropológica crítica
Resumo A morte é simbólica, histórica e socialmente construída. Mais do que um processo biológico, é uma elaboração cultural, e discuti-la significa, portanto, entender suas representações e práticas. Embora seja atualmente entendida de forma negativa, nem sempre foi tida como tabu. Este artigo busca desvelar de que modo foi estabelecida a oposição entre a vida e a morte em proveito da vida como positividade e as consequências do banimento da ideia de finitude em prol de um mito de imortalidade. A partir de uma revisão da literatura sobre as concepções da morte no Ocidente, especificamente no Brasil, esta discussão propõe repensar a bioética como campo disciplinar que deve abarcar, para além de modelos dogmáticos e autoritários, valores morais plurais. Esta reflexão permite encarar a morte como constituinte da vida e, assim, arrostar a impossibilidade do nada, fim inexorável, como possibilidade infinda, em suas diversas acepções e seus diferentes sentidos.
Main Author: | |
---|---|
Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Conselho Federal de Medicina
2019
|
Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422019000100038 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|