Os problemas de gestão do SUS decorrem também da crise crônica de financiamento?
Como os formuladores de política podem lidar com a aspiração de produzir um sistema de saúde universal, em um contexto de restrição fiscal do Estado? Parece haver uma contradição entre o modelo redistributivo pressuposto na Constituição brasileira e o nível de gasto público em saúde. Neste quadro, o aumento de recursos financeiros é uma precondição para negarmos o SUS da 'não-universalidade' e da 'não-descentralização', para que ele não negue si mesmo enquanto direito social. Tal como o modelo de descentralização preconizado pelos ideólogos do SUS, que sofreu com a escassez de recursos, boa parte dos problemas de gestão decorre da crise crônica de financiamento, e a adoção de medidas de eficiência não pode servir de base para se cortar o nível de recursos financeiros ou organizacionais do SUS. Pelo contrário: a melhoria da eficiência pode, na realidade, significar e exigir o aumento dos gastos.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462008000300012 |
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