A invenção colonial das línguas da América
RESUMO Trata-se de uma proposta que visa discorrer criticamente sobre o processo colonial de discursivização das línguas na América. Considera-se que tal discursivização integrou o dispositivo colonial ibérico, centrado na Espanha e em Portugal, a partir do século XVI. O texto apresenta e discute a maneira como as línguas e os povos foram discursivizados a partir de uma matriz de poder centrada na lógica da modernidade/colonialidade. São tomados como exemplos dessa discursivização a produção de gramáticas, dicionários, listas de palavras, catecismos, além de uma profusão de traduções de gêneros europeus religiosos e administrativos para o contexto não-europeu. Defende-se que a discursivização colonial implicou o enquadramento dos povos e línguas em uma chave de interpretação eurocêntrica, gerando efeitos ainda vivos contemporaneamente. O artigo apoia-se no referencial teórico da Linguística colonial e da Crítica pós-colonial latino americana, ambas focadas em um olhar histórico e discursivo sobre as práticas coloniais. Considera-se, por fim, que a experiência colonial é complexa, o que significa que o encontro colonial produziu também a emergência de resistências e hibridizações culturais.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
2016
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-57942016000100011 |
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